PETRÓLEO: AIE eleva projeção de oferta para 2018; demanda permanece estável

São Paulo, 19 de janeiro de 2018 – A Agência Internacional de Energia
(AIE) revisou para cima a projeção para a oferta global de petróleo este ano,
graças aos preços próximos de US$ 70 o barril e ao aumento da produção dos
Estados Unidos. A agência manteve inalteradas as projeções para o
crescimento da demanda.

Segundo relatório mensal, a oferta dos países não membros da
Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) devem aumentar em 1,7
milhão de barris por dia (bpd) em 2018, totalizando 59,8 milhões de bps,
sendo que apenas os Estados Unidos responderão por uma alta de 1,35 milhão de
bpd.

A previsão anterior era de alta de 630 mil bpd para a oferta não-Opep. A
agência não faz projeções para os membros do cartel.

Segundo a AIE, a oferta global deve avançar em especial nas Américas. “O
crescimento explosivo nos Estados Unidos e ganhos substanciais no Canadá e no
Brasil devem compensar, com folga, as quedas potencialmente íngremes na
Venezuela e no México”, diz o relatório.

A oferta global total – incluindo a Opep – subiu de 96,9 milhões de bpd em
2016 para 97,3 milhões de bpd em 2017, refletindo a maior produção de
países de fora do cartel, em especial os Estados Unidos.

Demanda

Com relação à demanda global, a projeção para 2018 ficou inalterada em
crescimento de 1,3 milhão de barris por dia (bpd), para uma média de 99,1
milhões de bpd. Em 2017, houve alta de 1,6 milhões de bpd, para um total de
97,8 milhões de bpd.

A desaceleração na taxa de crescimento entre 2017 e 2018 reflete fatores
como os preços mais altos do petróleo, a mudança dos padrões de uso de
petróleo na China, a menor demanda na Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a expansão do uso do gás natural.

“O impacto dos preços mais altos é parcialmente compensado por
temperaturas mais frias e premissas revisadas sobre o início de projetos
petroquímicos”, que foram interrompidos devido à passagem do furacão Harvey
na costa do Golfo e cujo consumo de petróleo, portanto, será sentido este ano,
disse a AIE.

As informações são da agência CMA.

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