PETRÓLEO: Arábia Saudita deve restaurar capacidade antes do previsto

Porto Alegre, 9 de outubro de 2019 – A Saudi Arabian Oil Company pode
restaurar sua capacidade de produção mais cedo do que o planejado após os
ataques no mês passado a uma de suas instalações de petróleo, disse seu
executivo-chefe, enquanto insistiu que os planos para listar a empresa não
haviam sido afetados. As informações são da agência de notícias “Dow
Jones”.

A estatal Aramco, a empresa mais lucrativa do mundo, planeja vender cerca
de 2% de suas ações em uma bolsa local da Arábia Saudita no final de novembro
ou início de dezembro, pessoas familiarizadas com o assunto disseram na
terça-feira.

A empresa foi forçada a fechar temporariamente metade de sua produção no
mês passado, quando sua maior instalação de processamento de petróleo e um
campo próximo foram atingidos por mísseis.

Em uma conferência sobre energia em Londres, o executivo-chefe da Aramco,
Amin Nasser, disse que a capacidade de produção da empresa seria restaurada
para 12 milhões de barris por dia (bpd) até novembro. “Considerando o
progresso até agora, podemos até atingir esse objetivo”, afirmou. Ele disse
que a produção real seria de 9,9 milhões de bpd neste mês – perto de seu
nível pré-crise.

Nasser, que não quis comentar sobre o momento da listagem, disse que os
potenciais investidores perguntaram sobre o impacto do ataque. Ele disse que os
incidentes “fortaleceram a empresa posição quando se trata da oferta pública
inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), mostra mais valor”.

O incidente em setembro foi o mais recente de uma série de ataques
semelhantes e “toda vez nós voltamos mais fortes”, disse Nasser,
acrescentando que a receita não foi afetada. Ele afimrou que a empresa provou
resiliência, uma vez que seus planos de resposta a emergências – como combate
a incêndios e substituições nos fluxos de petróleo – funcionaram.

A notícia vem em meio a temores de escalada regional após uma série de
ataques que os Estados Unidos e a Arábia Saudita atribuíram ao Irã. Nasser
endossou essa opinião, dizendo que o ataque de setembro “foi instigado pelo
Irã, com certeza”. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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