PETRÓLEO: Demanda não atingirá pico antes de 2040, diz AIE

Porto Alegre, 16 de novembro de 2016 – A demanda global por petróleo
continuará crescendo e só atingirá um pico no ano de 2040, a despeito dos
esforços para ampliar o uso de fontes de energia renováveis e do acordo de
Paris para conter o aquecimento global, afirmou a Agência Internacional de
Energia (AIE) em seu relatório anual sobre o setor.

“A demanda global por petróleo continuará a crescer até 2040,
principalmente devido à falta de alternativas fáceis ao petróleo no
transporte de carga rodoviário, na aviação e na área dos petroquímicos”,
diz a agência. “No entanto, a demanda por petróleo para carros de passageiros
deve cair mesmo com o número de veículos dobrando nos próximos 25 anos,
graças a melhoras de eficiência, aos biocombustíveis e ao uso de carros
elétricos”.

De acordo com o relatório, a demanda global por petróleo aumentará em
ritmo decrescente e chegará ao máximo de 103 milhões de barris por dia em
2040. Segundo o último relatório mensal da AIE, publicado na semana passada, a
previsão para a demanda deste ano é de 96,3 milhões de bpd. O documento
também alerta para a possível ineficácia do acordo fechado por 195 países em
Paris para manter o crescimento da temperatura global abaixo de dois graus
Celsius neste século.

“A implementação das promessas internacionais atuais deve desacelerar o
crescimento das emissões de carbono relacionadas à energia da média de 650
milhões de toneladas por ano desde 2000 para cerca de 150 milhões de toneladas
por ano em 2040”, diz a AIE. “Embora essa seja um conquista importante, está
longe de ser suficiente para evitar os piores impactos da mudança climática,
uma vez que apenas limitaria o crescimento da temperatura para 2,7 graus Celsius
até 2100”.

Segundo a AIE, o caminho para manter esse aumento abaixo de 2 graus Celsius
é difícil, mas pode ser alcançado se políticas públicas para impulsionar o
uso de tecnologias sustentáveis e a eficiência energética forem adotadas em
todos os setores econômicos. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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