PETRÓLEO: Futuros aceleram e sobem mais de 2% com oferta apertada

Porto Alegre, 13 de maio de 2022 – Os preços do petróleo ampliaram os
ganhos desta manhã e sobem mais de 2%, apesar de estarem a caminho de sua
primeira perda semana em três semanas. O aperto da oferta devido aos embargos
da União Europeia à Rússia apoiam os preços, mas as preocupações com a
inflação e os bloqueios de covid-19 na China limitaram os ganhos.

O mercado continua sendo pressionado e puxado pela perspectiva de uma
proibição da União Europeia ao petróleo russo, reduzindo a oferta e pelas
preocupações com a demanda global vacilante.

A inflação e os aumentos agressivos das taxas levaram o dólar
norte-americano a máximas de 20 anos, o que limitou os ganhos do preço do
petróleo, já que um dólar mais forte torna o petróleo mais caro quando
comprado em outras moedas.

Os analistas, no entanto, continuam a se concentrar na perspectiva de uma
proibição da União Europeia ao petróleo russo, depois que Moscou impôs
sanções nesta semana a unidades europeias da estatal Gazprom e depois que a
Ucrânia interrompeu uma importante rota de trânsito de gás.

“Com os preços do gás natural na Europa subindo, é inevitável que
ocorra algum transbordamento para o petróleo”, afirmama analistas da Oanda.

Um relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) destacou os
fatores conflitantes no mercado, dizendo que o aumento da produção de
petróleo no Oriente Médio e nos Estados Unidos e uma desaceleração no
crescimento da demanda “devem evitar um déficit agudo de oferta em meio a uma
piora na interrupção do fornecimento russo”. .

A agência disse que viu a produção da Rússia cair quase 3 milhões de
barris por dia (bpd) a partir de julho se as sanções por sua guerra contra a
Ucrânia forem ampliadas ou se impedirem mais compras.

Por volta de 10h38 (horário de Brasília), o preço do contrato do
petróleo WTI negociado na Nymex com entrega para junho subia 3,04%, cotado a
US$ 107,60 o barril. Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma
ICE, com entrega para junho avançava 2,73%, cotado a US$ 110,36 o barril. Com
informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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