PETRÓLEO: Futuros aceleram ganhos e sobem 3%; reunião da Opep no radar

Porto Alegre, 4 de outubro de 2022 – Os preços dos contratos futuros do petróleo aceleraram os
ganhos no início da tarde, depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e
aliados, conhecidos como Opep+, disse que estava considerando um corte de produção de até 2
milhões de barris por dia (bpd), um milhão acima do previsto anteriormente.

As expectativas de um corte na produção da Opep+ impulsionaram os preços, com o WTI subindo
mais de 5% na segunda-feira em seu maior avanço desde julho.

A reunião da OPEP+ em Viena será a primeira reunião presencial do grupo desde que a pandemia
forçou os encontros a serem remotos. Além disso, os ministros planejam realizar uma conferência
de imprensa após sua sessão, o primeiro briefing desse tipo desde a última reunião presencial.

“A Opep planeja enviar uma mensagem de volta ao governo Biden de que eles controlam seu próprio
destino petrolífero”, explica o analista do Price Futures, Phil Flynn.

O petróleo caiu 25% no último trimestre, à medida que os bancos centrais, incluindo o Federal
Reserve (Fed, o banco central americano), aumentaram as taxas agressivamente para combater a
inflação. A mudança para uma política monetária mais apertada estimulou a especulação de uma
forte desaceleração do crescimento global, prejudicando a demanda por commodities que também
foram atingidas por um dólar em alta.

Nos últimos dias, a estrutura do mercado se consolidou para os principais contratos futuros de
petróleo, indicando um ambiente mais robusto para combustíveis brutos e refinados. O WTI fechou em
seu nível mais forte desde o início de agosto, enquanto o mesmo indicador para o diesel europeu
atingiu seu nível mais firme desde julho.

Por volta de 13h47 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para novembro subia 3,08%, cotado a US$ 85,25 o barril. Já o preço do contrato
do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para dezembro subia 3,25%, cotado a US$ 91,75 o
barril.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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