PETRÓLEO: Futuros acentuam perdas e passam a cair 2% após inflação dos EUA

Porto Alegre, 13 de setembro de 2022 – Os preços do mercado futuro de petróleo firmaram perdas
na sessão após uma sessão de forte instabilidade após a divulgação do índice de preços ao
consumidor (CPI, na sigla em inglês) de agosto dos Estados Unidos, acima das previsões do mercado.

O CPI subiu 0,1% em agosto na comparação com o mês anterior, já descontados os fatores
sazonais, segundo dados do Departamento de Trabalho do país. Analistas previam queda de 0,1%. Em
julho, o índice se manteve estável em relação a junho. Nos 12 meses até agosto, o índice de
preços ao consumidor subiu 8,3%. O mercado previa alta de 8% em base anual.

Um aumento da inflação significa que o Fed pode aumentar ainda mais as taxas de juros, na
reunião marcada para a próxima semana, na quarta-feira, 21 de setembro. A previsão é de mais um
aumento de 0,75 ponto percentual (pp).

“As chances de o Fed manter aumentos agressivos nos juros seguem reforçados após o CPI vir
mais quente do que o esperado”, afirmam analistas da CMC Markets.

Pressionando a oferta, as perspectivas de um reavivamento do acordo nuclear do Ocidente com o
Irã permaneceram incertas. A Alemanha lamentou ontem que Teerã não tenha respondido positivamente
às propostas europeias para reviver o acordo de 2015. O secretário de Estado dos Estados Unidos,
Antony Blinken, disse que um acordo seria improvável no curto prazo.

Mais cedo, a Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) divulgou seu relatório de
produção de agosto. Nele, a organização manteve a previsão de crescimento da demanda de
petróleo para 3,1 milhões de barris por dia (bpd) para 2022 e 2,7 milhões de bpd em 2023. No
total, em 2022, devem ser consumidos 100,03 milhões de bpd.

Por volta de 13h45 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para outubro caía 2,30%, cotado a US$ 85,76 o barril. Já o preço do contrato do
Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para novembro caía 1,94%, cotado a US$ 92,17 o
barril.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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