PETRÓLEO: Futuros caem com receio de redução de demanda da China e pouco efeito de sanções contra a Rússia

Porto Alegre, 7 de dezembro de 2022 – Os preços dos contratos futuros de petróleo estão em
queda nesta quarta-feira, com investidores temerosos a respeito de uma provável recessão chinesa e
o pouco efeito prático das sanções da União Europeia e o G7 sobre o petróleo russo. É a
primeira vez que o petróleo Brent é cotado abaixo dos US$ 80 desde janeiro.

No caso chinês, o governo anunciou medidas de relaxamento das severas restrições da política
de Covid-zero, como a não-exigência de testes negativos de Covid para andar pelo país e não
parar a produção total em uma região por conta de surtos isolados.

“As expectativas de que um teto de preço do petróleo bruto russo afetaria globalmente os
suprimentos fracassaram, enquanto as esperanças de que a reabertura da China aumentaria a demanda
por petróleo são prematuras”, diz Stephen Innes, sócio-gerente da SPI Asset Management. “As
medidas provisórias da China para reabertura pode levar a um aumento de casos de Covid-19,
atrasando uma ampla flexibilização das restrições”, continua.

Já o teto de preço ao óleo russo enfrenta um certo ceticismo por parte dos investidores. “O
prêmio sobre o risco geopolítico praticamente desapareceu, mas as preocupações com a inflação
não”, disse a corretora de petróleo PVM. “Claramente, os investidores não estão nem um pouco
preocupados com qualquer potencial escassez de oferta que possa ser resultado do teto de preço e da
proibição da União Europeia às vendas de petróleo russo”.

Por volta de 7h46 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para janeiro caía 0,83%, cotado a US$ 73,61 o barril. Já o preço do contrato do
Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para janeiro recuava 0,91%, cotado a US$ 78,60 o
barril. Com informações da Agência CMA.

Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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