PETRÓLEO: Futuros caem mais de 2% após dados fracos da China

Porto Alegre, 7 de novembro de 2023 – Os preços dos contratos futuros de petróleo operam em
queda de mais de 2% nesta manhã, com dados econômicos mistos da china compensando os impactos da
extensão dos cortes de produção anunciados pela Arábia Saudita e pela Rússia.

Embora as importações de petróleo bruto no país tenham apresentado um crescimento sólido em
outubro, tanto em termos anuais quanto mensais, as exportações chinesas diminuíram a um ritmo
mais rápido do que o esperado.

“É tentador tentar analisar esses números comerciais para descobrir o que está realmente
acontecendo. No entanto, mesmo o uso de números cumulativos ano a ano corre o risco de distorções
causadas pelos bloqueios no final do ano passado na China, e nossa melhor orientação neste momento
é reservar julgamento sobre o que está acontecendo e esperar para ver o que os dados do próximo
mês trarão antes de criar alguma explicação fantasiosa para o que aconteceu este mês. Até
mesmo olhar para os números em termos de níveis de volume apresenta riscos, uma vez que esses
números também são altamente sazonais”, diz Robert Carnell, chefe regional de pesquisa do ING.

Além disso, há expectativas de reduções no consumo de petróleo bruto por parte das
refinarias chinesas nos meses de novembro e dezembro. Isso, por sua vez, pode limitar a demanda por
petróleo no mercado global e agravar ainda mais a pressão de queda nos preços.

No âmbito da oferta, o mercado também está ansioso para ver se a Arábia Saudita e a Rússia
estão dispostas a continuar controlando voluntariamente a produção de petróleo para além do
final deste ano. Juntamente, há especulações sobre a possibilidade de um acordo mais amplo entre
os produtores da Opep+.

Por volta de 10h30 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para novembro caía 2,01%, cotado a US$ 79,15 o barril. Já o preço do contrato
do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para dezembro recuava 2,08%, cotado a US$ 83,40 o
barril. As informações são da Agência CMA.

Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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