PETRÓLEO: Futuros em alta com mercado mais tranquilos em relação a bancos

Porto Alegre, 21 de março de 2023 – Os preços dos contratos futuros estão em alta de 1%,
estendendo a recuperação de uma mínima de 15 meses atingida ontem, com o resgate do Credit Suisse
diminuindo as preocupações sobre os riscos do setor bancário global que podem afetar o
crescimento econômico e atingir a demanda.

Depois do nervosismo inicial da segunda-feira, o clima nos mercados financeiros melhorou após a
aquisição do Credit Suisse pelo UBS e depois que os principais bancos centrais disseram que
aumentariam a liquidez do mercado e apoiariam o sistema bancário.

O nervosismo bancário pode ter parado para respirar ontem, mas continua presente, disse Stephen
Brennock, da corretora de petróleo PVM. Embora uma crise imediata pareça ter sido evitada, ainda
há temores de outra liquidação.

O próximo foco para os investidores é a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central
norte-americano) de amanhã sobre se e em quanto aumentar as taxas de juros quando concluir sua
reunião de dois dias.

Desde que o conflito bancário começou neste mês, os mercados revisaram para baixo as
expectativas para o próximo aumento da taxa do Fed para 0,25 ponto percentual (pp) em vez de 0,5
pp.

O índice do dólar subiu depois de atingir uma baixa de cinco semanas na sessão anterior. Um
dólar mais forte torna o petróleo mais caro para detentores de outras moedas e, portanto, pode
moderar a demanda.

Uma reunião dos principais ministros da Opep+, que inclui membros da Organização dos Países
Exportadores de Petróleo (Opep) mais a Rússia e outros aliados, está marcada para 3 de abril.
Fontes da Opep+ disseram à Reuters que a queda nos preços reflete temores bancários, e não uma
piora no equilíbrio entre oferta e demanda.

Por volta de 10h12 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para abril subia 1,04%, cotado a US$ 68,35 o barril. Já o preço do contrato do
Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para maio avançava 0,94%, cotado a US$ 74,41 o
barril.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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