PETRÓLEO: Futuros em alta com oferta mais restrita e demanda se revelando resistente

Porto Alegre, 25 de julho de 2023 – Os preços dos contratos futuros de petróleo estão em
alta, com sinais de oferta mais restrita e promessas das autoridades chinesas de fortalecer a
segunda maior economia do mundo.

Os benchmarks do petróleo já obtiveram quatro ganhos semanais consecutivos, com a expectativa
de que a oferta diminua devido aos cortes na produção da Organização dos Países Exportadores de
Petróleo (Opep) e aliados.

Os contratos do Brent com carregamento antecipado estão sendo vendidos acima dos carregamentos
posteriores, uma estrutura de preços conhecida como backwardation, indicando que os traders veem
oferta apertada, com o spread de seis meses perto de uma alta de dois meses e meio.

“O mercado está ficando mais preocupado com a tendência de aperto na oferta de petróleo, e
está ficando mais óbvio para os pessimistas que a esperada queda na demanda não está
acontecendo”, disse Phil Flynn, analista do Price Futures Group.

Na China, o segundo maior consumidor de petróleo do mundo, os líderes prometeram intensificar
o apoio à política econômica.

Ainda assim, alguns dados econômicos limitaram os ganhos. Na zona do euro, a atividade
empresarial encolheu mais do que o esperado em julho, mostrou uma pesquisa.

Nos Estados Unidos, a atividade comercial desacelerou para a mínima de cinco meses em julho,
mostrou uma pesquisa do S&P Global, mas a queda nos preços dos insumos e as contratações mais
lentas indicam que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) pode estar progredindo
em sua tentativa de reduzir a inflação.

Os mercados antecipam aumentos de 0,25 ponto percentual (pp) nas taxas do Fed e do Banco Central
Europeu nesta semana.

Por volta de 13h39 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para setembro subia 0,92%, cotado a US$ 79,46 o barril. Já o preço do contrato
do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para setembro avançava 0,80%, cotado a US$ 83,42
o barril.

As informações são da Agência CMA.

Revisão: Ritiele Rodrigues (ritiele.rodrigues@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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