PETRÓLEO: Futuros em queda de até 5% com perda de confiança no sistema bancário dos EUA

Porto Alegre, 13 de março de 2023 – Os preços dos contratos futuros de petróleo estão em
forte queda, perdendo mais de 4% dos valores, acompanhando a tendências do mercado financeiro ao
redor do mundo após o colapso do Silicon Valley Bank aumentando os temores de uma nova crise
financeira.

Os temores de contágio do colapso do Silicon Valley Bank levaram a uma liquidação de ativos
dos Estados Unidos no final da semana passada, enquanto os reguladores estaduais fecharam o
Signature Bank, com sede em Nova York, no domingo.

O índice bancário europeu STOXX caiu 5,7%, perdendo 3,8% na sexta-feira. As autoridades dos
Estados Unidos lançaram medidas de emergência no domingo para reforçar a confiança no sistema
bancário.

O sentimento do mercado já estava frágil, pois as preocupações com o aperto monetário
adicional do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) foram exacerbadas pelos altos
estoques de petróleo bruto nos Estados Unidos, disseram analistas do ANZ Bank.

“É como se a batalha dos dados crescentes de atividade no Oriente encontrasse o mal-estar macro
no Ocidente”, disse Stephen Innes, sócio-gerente da SPI Asset Management, comentando sobre os
drivers de sentimento concorrentes no mercado de petróleo.

Nos últimos dias, um dólar mais fraco, que torna o petróleo mais barato para detentores de
outras moedas, deu algum suporte aos preços.

De uma perspectiva de fornecimento de médio a longo prazo, a empresa de serviços de energia
Baker Hughes Co disse na sexta-feira que as empresas de energia dos Estados Unidos reduziram esta
semana o número de plataformas operantes de petróleo e gás natural pela quarta semana consecutiva
pela primeira vez desde julho de 2020.

Por volta de 9h26 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para abril caía 5,15%, cotado a US$ 72,75 o barril. Já o preço do contrato do
Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para maio regredia 4,91%, cotado a US$ 78,69 o
barril.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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