PETRÓLEO: Futuros em queda, em processo de correção de preços após fortes altas de julho

Porto Alegre, 1 de agosto de 2023 – Os preços dos contratos futuros de petróleo operam em
queda nesta manhã, enquanto os traders realizam lucros e operam uma leve correção nos valores
após a forte alta do mês de julho motivada por uma oferta apertada e demanda mais forte do que o
esperado.

“Os valores podem passar um processo de correção depois das grandes compras dos últimos 30
dias”, disse Tina Teng, analista da CMC Markets.

Ontem, os contratos fecharam julho com ganhos de mais de 15%, sua maior alta mensal desde
janeiro de 2022, devido à oferta apertada e à demanda crescente da economia resiliente.

Diversas agências previam ue a demanda cresceria na segunda metade deste ano, mas a campanha de
aperto monetário de diversos bancos centrais do mundo fazia com que os investidores acreditassem em
uma recessão próxima.

No entanto, dados econômicos, principalmente norte-americanos, vêm provando que o chamado
pouso suave — queda na inflação sem grandes sacrifícios para a economia, se torna cada vez mais
provável.

A China, no entanto, tem enfrentado uma lenta recuperação após a pandemia. Ontem, o governo
divulgou diretrizes para impulsionar o crescimento depois que a atividade manufatureira caiu pelo
quarto mês em julho, mas nenhuma medida concreta foi feita.

Do lado da oferta, espera-se que a reunião da Organização dos Países Exportadores de
Petróleo (Opep) desta sexta-feira faça a Arábia Saudita estender seus cortes voluntários até
setembro, apertando ainda mais a oferta.

Em uma conferência na segunda-feira, o chefe da BP, Bernard Looney, previu que o crescimento da
demanda continuará no próximo ano e Opep deve restringir ainda mais sua produção.

Por volta de 10h01 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para setembro caía 0,72%, cotado a US$ 81,12 o barril. Já o preço do contrato
do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para outubro regredia 0,84%, cotado a US$ 84,70 o
barril. As informações são da Agência CMA.

Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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