PETRÓLEO: Futuros estabilizam e passam a operar em alta com oferta menor

Porto Alegre, 20 de junho de 2022 – Os preços dos contratos futuros de
petróleo passam a operar em alta no início da tarde, após alternarem entre
perdas e ganhos pela manhã, com as preocupações sobre a oferta da commodity,
já apertada, se sobrepondo aos temores de uma desaceleração do crescimento
econômico global.

“Claramente, fatores macro estão impulsionando o petróleo no momento, ao
invés de fundamentos, que ainda são favoráveis”, afirmam analistas do ING.

O petróleo da Rússia, segundo maior exportador mundial, permanece fora de
alcance para a maioria dos países por causa das sanções ocidentais sobre a
guerra na Ucrânia.

O impacto foi parcialmente mitigado pela liberação de reservas
estratégicas de petróleo, lideradas pelos Estados Unidos, e um aumento da
produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus
aliados, embora isso esteja diminuindo o arcabouço mundial contra novas
interrupções no fornecimento.

Também dando estímulo a oferta, o Ministro do Petróleo da Líbia,
Mohamed Oun, disse à Reuters que a produção total do país está em cerca de
700 mil barris por dia (bpd). A produção da Líbia caiu para 100 mil a 150 mil
bpd na semana passada, segundo um porta-voz do ministério.

Por outro lado, as exportações de produtos petrolíferos da China,
outrora um grande exportador, continuaram a diminuir, mantendo os suprimentos
globais apertados.

As exportações de gasolina do país em maio caíram 45,5% em relação ao
ano anterior e as exportações de diesel caíram 92,7%, apesar de estagnarem a
demanda interna, à medida que as empresas ficaram sem cotas de exportação,
mostraram dados alfandegários chineses no último sábado.

Por volta de 14h02 (horário de Brasília), o preço do contrato do
petróleo WTI com entrega para julho negociado em pregão eletrônico devido ao
feriado nos Estados Unidos subia 0,55%, cotado a US$ 110,17 o barril. Já o
preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para agosto
subia 1,17%, cotado a US$ 114,45 o barril. As informações são da Agência
CMA.

Revisão: Pedro Diniz (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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