PETRÓLEO: Futuros fecham em alta com desvalorização do dólar – DJ News

Porto Alegre, 23 de março de 2015 – Os contratos futuros do petróleo
fecharam em alta com investidores digerindo a desvalorização do dólar e o
crescimento da produção da Arábia Saudita. As informações são da agência
de notícias “Dow Jones”.

O contrato futuro do Brent com vencimento em maio subiu 1,08%, cotado a
US$ 55,92 o barril, enquanto o WTI com vencimento no mesmo mês teve alta de
1,89%, a US$ 47,45.

O mercado de câmbio esteve especialmente volátil nas últimas sessões
diante da possibilidade de aumento das taxas de juros nos Estados Unidos nos
próximos meses. O petróleo é negociado em dólar, então a queda da moeda
norte-americana faz com que o barril fique mais barato para investidores
estrangeiros.

A correlação entre o dólar e os preços do petróleo aumentou nos
últimos meses. O relatório Schork Report atribuiu 87% do comportamento dos
preços do petróleo WTI desde o feriado de Ação de Graças ao movimento do
dólar.

“Neste momento, o Federal Reserve [o banco central dos Estados Unidos]
terá tanto papel na determinação do caminho dos preços do petróleo quanto
Teerã e Riad”, dizia o relatório.

O Brent chegou a operar abaixo de US$ 55 o barril durante boa parte da
sessão depois que o ministro do petróleo da Arábia Saudita, Ali al-Naimi,
disse ontem em uma conferência em Riad que seu país está produzindo 10
milhões de barris de petróleo por dia. A essa taxa, a produção saudita é a
maior desde julho, quando os preços começaram a cair.

Segundo dados da Organização dos Países Exportadores de Petróleo
(Opep), a produção de petróleo da Arábia Saudita foi de 9,7 milhões de
barris por dia em fevereiro.

Naimi também disse que não existe conspiração na decisão tomada
pela Opep de manter a produção inalterada em 30 milhões de barris por dia.
Segundo ele, o cartel poderia ter perdido participação de mercado se cortasse
o fornecimento.

O petróleo perdeu metade de seu valor em 2014 muito em função da
postura da Opep de não diminuir sua produção. O mercado ainda está com
excesso de oferta da commodity e deve enfrentar um aumento da produção no
segundo trimestre, segundo o Barclays. As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras

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