PETRÓLEO: Futuros fecham em queda com bloqueios na China e demanda baixa

Porto Alegre, 25 de abril de 2022 – Os preços dos contratos futuros de
petróleo fecharam em queda de 3% chegando a seu menor preço em duas semanas
devido a crescentes preocupações com as perspectivas de demanda global após
os prolongados bloqueios de covid-19 em Xangai e possíveis aumentos nas taxas
de juros dos Estados Unidos.

“A perspectiva de um crescimento econômico mais lento este ano em meio a
aumentos nas taxas de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central
norte-americano) devem diminuir o apetite por combustível”, afirmam analistas
do ING.

As consequências da rígida política de covid zero da China já se arrastam
para a quarta semana, já que os pedidos de testes em massa no maior distrito
de Pequim provocaram temores de que a capital chinesa pudesse estar destinada a
um destino semelhante. A China é o maior importador de petróleo do mundo e uma
paralisação em suas regiões significa menos petróleo comprado.

Também pressionando o petróleo, o dólar norte-americano subiu para uma
alta de dois anos contra uma cesta de outras moedas devido à probabilidade de
aumentos nas taxas de juros dos Estados Unidos. Um dólar forte torna o
petróleo mais caro para outros detentores de moeda.

O petróleo ganhou apoio no início do ano devido à escassez de oferta
depois que a invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro fez com que os
clientes evitassem o combustível russo devido a sanções ocidentais. O
mercado pode apertar ainda mais se a União Europeia (UE) proibir o petróleo
russo.

O bloco europeu está preparando “sanções inteligentes” contra as
importações de petróleo da Rússia, de acordo com uma reportagem do The Times
de Londres que citou o vice-presidente executivo da Comissão Europeia, Valdis
Dombrovskis.

O preço do contrato do petróleo WTI negociado na Nymex com entrega para
maio caiu 3,05%, cotado a US$ 98,54 o barril. Já o preço do contrato do Brent
negociado na plataforma ICE, com entrega para junho regrediu 3,70%, cotado a US$
102,32 o barril.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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