PETRÓLEO: Futuros firmam ganhos e sobem mais de 1% com pressão sobre oferta

Porto Alegre, 18 de julho de 2023 – Os preços dos contratos futuros de petróleo saíram da
estabilidade e passaram a firmar ganhos no final da manhã, em meio a sinais de que a Rússia está
cumprindo a promessa de reduzir o fornecimento aos mercados internacionais, além de uma possível
queda nos estoques da commodity nos Estados Unidos nesta semana.

O West Texas Intermediate (WTI), referência nos Estados Unidos, é negociado acima de US$ 75 o
barril, depois de cair nas duas sessões anteriores devido a preocupações com a economia da China
e o retorno de um importante campo de petróleo da Líbia.

Os fluxos marítimos de petróleo da Rússia afundaram para uma mínima de seis meses no último
período de quatro semanas, segundo dados compilados pela Bloomberg. Enquanto isso, Moscou pretende
reduzir seus planos de exportação de petróleo do terceiro trimestre em 2,1 milhões de toneladas,
em linha com sua promessa de cortar os embarques internacionais em 500 mil barris por dia (bpd).

Com o petróleo russo ficando mais caro, compradores como a India agora estão considerando
aumentar as compras de fontes tradicionais no Oriente Médio.

É certo que o mercado continua focado nas perspectivas para o consumo, e os preços do
petróleo ainda estão em baixa para o ano. As dúvidas sobre a recuperação econômica da China
nos últimos dias interromperam um rali que começou no final de junho, impulsionado por sinais de
que o mercado está apertando após cortes de produção por parte dos principais membros da
Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados – conhecidos como Opep+,
Arábia Saudita e Rússia.

“Dados da China mostrando um crescimento econômico mais fraco do que o esperado dissiparam a
ilusão de uma recuperação da demanda de curto prazo no segundo maior consumidor de petróleo do
mundo”, afirmam analistas da Alfa Energy em nota.

Vários bancos de Wall Street reduziram suas previsões de crescimento chinês, e a secretária
do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, alertou para o risco de efeitos globais em cascata.

Enquanto isso, a produção de petróleo de xisto dos Estados Unidos deve registrar em agosto
seu primeiro declínio mensal desde dezembro de 2022, mostraram dados da Administração de
Informação de Energia hoje.

Por volta de 11h38 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para agosto subia 1,71%, cotado a US$ 75,39 o barril. Já o preço do contrato do
Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para setembro avançava 1,33%, cotado a US$ 79,55 o
barril.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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