PETRÓLEO: Futuros mantêm ganhos com reflexos do terremoto na Turquia e expectativa de reabertura da China

Porto Alegre, 7 de fevereiro de 2023 – Os preços dos contratos futuros de petróleo continuam
sendo negociados em alta, embora o ímpeto tenha reduzido levemente nesta manhã. A preocupação
com os efeitos do terremoto na Turquia continua, junto com a expectativa do aumento do consumo da
commodity por parte da China.

“O aparente sucesso da transição da China da política de Covid-zero para conviver com a
doença se deve muito à recuperação que estamos vendo, pois, uma forte recuperação naturalmente
levará a uma demanda e concorrência muito maiores”, afirma o analista sênior de mercados da
Oanda, Craig Erlam.

“A suspensão temporária no terminal de Ceyhan após o terremoto na Turquia também pode ter
aumentado um pouco os preços na segunda-feira, mas com a probabilidade de ser levantada logo após
nenhum dano ser descoberto, é improvável que tenha sido um fator significativo nos movimentos de
preços”, conclui Erlam.

Outros fatores contribuem para a alta. No domingo, o secretário-geral da Agência Internacional
de Energia (AIE), Fatih Birol, afirmou que 2023 vai registrar um aumento recorde na demanda por
petróleo, por conta da reabertura chinesa. A entidade lançará o relatório mensal de petróleo no
dia 15 de fevereiro.

Mais cedo, a petrolífera britânica BP divulgou o balanço do quarto trimestre de 2022, e
registrou um lucro de US$ 4,807 bilhões, 18,25% maior do que o do período anterior. Por conta
disso, a empresa divulgou que a transição para o desenvolvimento de energia renovável (ou energia
verde) terá seu ritmo reduzido. No final das contas, estamos respondendo ao que a sociedade deseja,
disse o presidente-executivo Bernard Looney da empresa nesta terça-feira.

Por volta de 10h23 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para março subia 1,37%, cotado a US$ 75,14 o barril. Já o preço do contrato do
Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para abril avançava 1,03%, cotado a US$ 81,81 o
barril.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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