PETRÓLEO: Futuros operam de lado após estoques dos EUA e no aguardo da reunião do Fed

Porto Alegre, 20 de setembro de 2023 – Os preços dos contratos futuros de petróleo operam de
lado no início da tarde, mitigando as quedas da manhã após a divulgação dos estoques semanais
da commodity nos Estados Unidos, enquanto os traders aguardam a decisão de taxa de juros do Federal
Reserve (Fed, o banco central americano).

Os estoques de petróleo dos Estados Unidos caíram 2,1 milhões de barris, ou 0,5%, na semana
encerrada em 15 de setembro, para 418,5 milhões de barris. Analistas previam baixa de 2,6 milhões
de barris.

Os estoques de gasolina diminuíram em 800 mil barris, ou 0,4%, para 219,5 milhões de barris.
Os estoques de outros derivados recuaram em 2,9 milhões de barris, ou 2,3%, para 119,7 milhões de
barris.

Os estoques de petróleo dos Estados Unidos caíram na semana passada, impulsionados por fortes
exportações de petróleo, enquanto os estoques de gasolina e diesel diminuíram à medida que as
refinarias começaram a manutenção de outono anual.

Os futuros de gasolina dos Estados Unidos caíram para a menor marca em quase duas semanas,
reduzindo a margem de lucro da gasolina, uma medida das margens de lucro de refino, para o menor
nível desde dezembro de 2022.

Apesar de operarem de lado, tanto o Brent quanto o WTI estão tecnicamente em território de
sobrecompra por 14 dias consecutivos, o que seria a maior sequência para o Brent desde 2012 e para
o WTI desde 2018.

Os investidores aguardavam a decisão de taxa de juros do Fed às 15h (de Brasília) para
avaliar as perspectivas de crescimento econômico e demanda por combustíveis. É amplamente
esperado que o Fed mantenha as taxas de juros estáveis, mas o foco estará em sua trajetória de
política projetada.

“É provável que as atenções voltem à escassez de oferta assim que as decisões sobre as
taxas de juros forem divulgadas, e a possibilidade de chegar a US$ 100 por barril permanece na
mesa”, afirma Rania Gule, analista de mercado da XS.

No Reino Unido, os dados mostraram uma surpreendente queda na inflação em agosto, com o
índice de preços ao consumidor caindo 0,1 ponto percentual para 6,7%, o mais baixo desde fevereiro
de 2022. O Goldman Sachs disse esperar que o Banco da Inglaterra mantenha as taxas de juros
inalteradas amanhã como resultado da queda.

No Japão, as exportações caíram em agosto pelo segundo mês consecutivo, impactadas pela
queda na demanda da China por aço e óleo pesado, alimentando temores de uma desaceleração diante
das elevadas taxas de juros globais. A elevação das taxas de juros para conter a inflação pode
desacelerar o crescimento econômico e reduzir a demanda por petróleo.

Por volta de 13h31 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para outubro caía 0,05%, cotado a US$ 91,15 o barril. Já o preço do contrato do
Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para novembro regredia 0,03%, cotado a US$ 94,31 o
barril.

As informações são da Agência CMA.

Revisão: Ritiele Rodrigues (ritiele.rodrigues@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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