PETRÓLEO: Futuros operam em alta, mas ganhos são limitados por covid-19

Porto Alegre, 19 de abril de 2021 – Os preços dos contratos futuros de
petróleo operam em alta, apoiados em um dólar mais fraco, mas os ganhos são
limitados pelas contínuas preocupações com o aumento de casos de covid-19 no
mundo e seus reflexos na demanda global por combustíveis.

O dólar está sendo negociado em seu menor nível em seis semanas ante uma
cesta de moedas. Um dólar mais fraco torna mais atrativas as commodities
denominadas na moeda norte-americana para detentores de outras divisas.

No entanto, o aumento de casos de covid-19 no mundo coloca a demanda em
xeque. A India relatou um aumento recorde nas infecções pelo novo
coronavírus hoje, o que elevou os casos gerais para pouco mais de 15 milhões,
de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins.

As mortes por covid-19 na India também aumentaram em um recorde de 1.619
para quase 180.000. A região da capital de Delhi ordenou um bloqueio de seis
dias hoje, juntando-se a cerca de 13 outras cidades em todo o país que
decidiram impor restrições, toques de recolher ou bloqueios.

Como resultado, Hong Kong suspenderá voos da India, Paquistão e Filipinas
a partir amanhã devido a infecções importadas.

O estrategista em commodities da ING, Warren Patterson, alerta ainda para
as negociações nucleares envolvendo o Irã, que também seguem no radar dos
investidores. Ele lembra que as conversas continuaram no final de semana e devem
ocorrer outros encontros ao longo desta semana para tratar do assunto.

“Qualquer avanço nessas negociações que leve ao levantamento das
sanções provavelmente afetará a confiança no curto prazo. No entanto, as
perspectivas de médio prazo permanecem construtivas, com o mercado de petróleo
definido para continuar aquecido”, disse ele.

Por volta de 11h25 (de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI
negociado na Nymex com entrega para maio subia 0,28%, cotado a US$ 63,31 barril.
Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para
junho recuava 0,14%, cotado a US$ 66,87 o barril. Com informações da Agência
CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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