PETRÓLEO: Futuros operam em alta, mas perspectiva de Fed mais agressivo preocupa

Porto Alegre, 22 de agosto de 2022 – Os preços dos contratos futuros de petróleo iniciaram o
dia em queda, mas logo passaram a operar em alta, em meio a volatilidade após comentários de
autoridades do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) reforçarem a perspectiva de
um aperto monetário mais agressivo para conter a inflação recorde nos Estados Unidos.

O presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, juntou-se a vários outros dirigentes da
instituição ao pedir neste final de semana que o banco central permaneça agressivo em sua batalha
para reduzir a inflação.

Em um cenário de inflação em alta de várias décadas, o Fed já aumentou as taxas
significativamente este ano e espera-se que continue a fazê-lo ao longo de 2022, mesmo com o risco
de uma recessão econômica.

Um rali recente do mercado de ações aconteceu em meio ao otimismo de que o BC dos Estados
Unidos poderia começar a cortar as taxas em 2023 – mas essa narrativa enfrentou desafios em meio
às sinalizações de funcionários do Fed de que o combate à inflação continua sendo uma
prioridade.

Não apenas os comerciantes estão preocupados que as taxas de juros mais altas dos Estados
Unidos enfraqueçam a economia global, mas um corte na taxa pelo Banco do Povo da China (Pboc, o
banco central do país) no domingo também enviou sinais de que a economia do país está esfriando.

Por volta de 07h55 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para setembro subia 0,49%, cotado a US$ 90,82 o barril. Já o preço do contrato
do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para outubro avançava 0,35%, cotado a US$ 97,08 o
barril.

As informações são da Agência CMA.

Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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