PETRÓLEO: Futuros operam em queda, com covid-19 no centro das atenções

Porto Alegre, 16 de abril de 2021 – Os preços dos contratos futuros de
petróleo operam em queda, pressionados pelas preocupações com o aumento de
casos de covid-19 e seus efeitos sobre a demanda por combustíveis, no entanto,
seguem posicionados para consolidar fortes ganhos na semana graças aos sinais
de recuperação de economias como Estados Unidos e China.

“Estávamos otimistas antes que a alta perdesse ímpeto e esperamos que os
traders se protegeram do movimento de alta previsto. Os riscos para o petróleo
ainda estão decididamente do lado positivo”, disse o analista sênior de
mercado do The Price Futures Group, Phil Flynn.

De acordo com especialistas, os riscos de casos de covid-19 dispararem em
regiões como India e Europa podem eventualmente derrubar os preços dos
futuros. Mas, no momento, um forte salto nas vendas no varejo norte-americano,
uma queda nos pedidos de seguro-desemprego e sinais de mais carros nas estradas
na maior economia do mundo apoiam o mercado.

Os traders esperam uma aceleração no tráfego típico dos Estados Unidos
de junho a agosto.

“Os preços saíram da faixa de negociação de alta em um mês, como
esperávamos, e agora o processo deve ser concluído. Está se tornando aparente
que a demanda global está aumentando à medida que a produção da
[Organização dos Países Exportadores de Petróleo] Opep e dos Estados Unidos
foi restringida”, afirmou Flynn.

Segundo ele, a tendência de alta deve completar o processo e retomar ao
patamar psicológico de US$ 70,00 o barril nas próximas semanas.

“Ajuda o fato de a China estar concluindo seu processo, processando
colossais 14,14 milhões de barris por dia em março, quase 20% a mais que no
ano anterior, o que acontece conforme a economia vai ganhando tração”,
acrescentou Flynn.

Por volta de 12h20 (de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI
negociado na Nymex com entrega para maio caía 0,53%, cotado a US$ 63,12 barril.
Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para
junho recuava 0,29%, cotado a US$ 66,74 o barril.

Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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