PETRÓLEO: Futuros operam em queda com investidores acompanhando negociações diplomáticas em Gaza

Porto Alegre, 23 de outubro de 2023 – Os preços dos contratos futuros de petróleo operam em
queda nesta segunda-feira, com os investidores atentos à crescente tensão no Oriente Médio.
Enquanto o conflito entre Israel e o Hamas se intensifica, esforços diplomáticos estão em
andamento para conter a situação, e as preocupações sobre um possível impacto no fornecimento
de petróleo persistem.

Israel manteve sua ofensiva contra a Faixa de Gaza nesta segunda-feira, lançando novos
bombardeios após ataques aéreos no sul do Líbano durante a noite.

No entanto, há sinais positivos emergindo da região. Comboios de ajuda humanitária começaram
a chegar à Faixa de Gaza no fim de semana, vindos do Egito. Além disso, líderes árabes e
ministros das Relações Exteriores se reuniram para uma cúpula no Cairo, buscando soluções
diplomáticas para conter o conflito em andamento.

“Há um certo alívio no mercado de petróleo devido à decisão de Israel de adiar uma
incursão terrestre planejada no norte de Gaza para negociar a libertação de reféns, o que abre
uma janela para a diplomacia”, disse Vandana Hari, fundadora da fornecedora de análises de mercado
de petróleo Vanda Insights.

Uma das principais preocupações dos mercados é o risco de uma redução no fornecimento de
petróleo devido a uma possível escalada no conflito do Oriente Médio. No entanto, esta
preocupação foi atenuada pela decisão dos Estados Unidos na semana passada de suspender as
sanções à Venezuela, membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

Essa suspensão de sanções ocorreu após um acordo entre o governo venezuelano e a oposição,
o que abriu caminho para um aumento potencial na produção de petróleo do país.

Por volta de 09h15 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para novembro caía 0,57%, cotado a US$ 87,55 o barril. Já o preço do contrato
do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para dezembro recuava 0,42%, cotado a US$ 91,76 o
barril.

As informações são da Agência CMA.

Revisão: Ritiele Rodrigues (ritiele.rodrigues@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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