PETRÓLEO: Futuros passam a cair com possível alívio de sanções à Venezuela

Porto Alegre, 17 de maio de 2022 – Os preços do petróleo reverteram os
ganhos da manhã e passam a operar em queda, com ambos os benchmarks recuando
cerca de 0,40%, após a divulgação da Associated Press (AP) de que o governo
dos Estados Unidos se movimenta para aliviar as sanções contra a Venezuela, um
gesto de renegociação entre os países.

Segundo a AP, que cita duas fontes do alto escalão do governo
norte-americano, com as mudanças limitadas ficaria permitido que a Chevron
negociasse sua licença com a companhia petrolífera estatal venezuelana, PDVSA,
mas não para perfurar ou exportar qualquer petróleo com origem no país
latino.

Ainda de acordo com os oficiais, Carlos Erik Malpica-Flores ex-funcionário
de alto escalão da PDVSA e sobrinho da primeira-dama da Venezuela será
removido de uma lista de indivíduos sancionados.

Ainda pelo lado da oferta, mais cedo a Hungria resistiu a um empurrão da
União Europeia para a proibição das importações russas de petróleo, um
movimento que apertaria ainda mais a oferta global.

Os traders de petróleo estão focados em saber se a Europa pode se reunir e
proibir o petróleo russo. A Hungria parece ser o único reduto de oposição,
mas as reuniões continuam, explica o analista do Price Futures, Phil Flynn.

Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia fracassaram ontem
em seus esforços para pressionar Budapeste a retirar o veto de um embargo
petrolífero proposto à Rússia após a invasão da Ucrânia pelo país. Um
embargo exigiria a aprovação de todas as nações do bloco.

Pelo lado da demanda, a cidade de Xangai alcançou hoje o tão esperado
marco de três dias consecutivos sem novos casos de covid-19 fora das zonas de
quarentena e estabeleceu ontem seu cronograma para sair de um confinamento que
chegou a sua sétima semana.

Há pouco, o preço do contrato do petróleo WTI negociado na Nymex com
entrega para junho caia 0,24%, cotado a US$ 113,92 o barril. Já o preço do
contrato do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para julho avançava
0,41%, cotado a US$ 113,77 o barril.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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