PETRÓLEO: Futuros reduzem quedas c/ pessimismo maior para o final de semana

Porto Alegre, 18 de fevereiro de 2022 – Os preços dos contratos futuros
de petróleo operam sem rumo em comum, após terem uma manhã de perdas
contidas, puxadas pela perspectiva de aumento na oferta caso o acordo nuclear
com o Irã prospere, mas ainda rondada pelos temores do conflito entre Rússia e
Ucrânia.

A ameaça sobre possíveis interrupções no fornecimento resultantes da
presença militar russa nas fronteiras da Ucrânia limitaram as perdas esta
semana.

Ambos os contratos atingiram seus níveis mais altos desde setembro de 2014
na segunda-feira, mas a perspectiva de uma flexibilização das sanções
petrolíferas contra o Irã estabeleceu os preços em curso para sua primeira
queda semanal em nove semanas.

No entanto, um acordo que toma forma para reviver o acordo nuclear do Irã em
2015 com potências mundiais estabelece fases de medidas mútuas para trazer
ambos os lados de volta ao cumprimento total, e o primeiro não inclui
renúncias às sanções, dizem diplomatas.

Consequentemente, há pouca chance de o petróleo iraniano retornar ao
mercado no futuro imediato para aliviar o aperto atual da oferta, disseram
analistas.

“A Reuters informou que um projeto obtido sobre o acordo iraniano
provisório, disse que haveria várias fases para trazer Teerã de volta ao
cumprimento de seu acordo nuclear de 2015 com potências mundiais”, explica o
analista do Prices Futures Group, Phil Flynn.

A oferta apertada levou a estrutura de mercado de seis meses para o petróleo
Brent para seu maior retrocesso registrado na quarta-feira.

O retrocesso existe quando os contratos de entrega de curto prazo são mais
caros do que aqueles para os meses posteriores e reflete a demanda de curto
prazo que incentiva os comerciantes a liberar petróleo do armazenamento para
vendê-lo prontamente.

Há pouco, o preço do contrato do petróleo WTI negociado na Nymex com
entrega para março caía 1,17%, cotado a US$ 90,68 o barril. Já o preço do
contrato do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para abri regredia
0,17%, cotado a US$ 90,68 o barril.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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