PETRÓLEO: Futuros seguem em queda com demanda pressionada após dados dos EUA e China

Porto Alegre, 10 de julho de 2023 – Os preços dos contratos futuros de petróleo seguem
operando em queda no início da tarde, em um pregão instável, com problemas de demanda afetada
pelos dados econômicos fracos dos principais consumidores – Estados Unidos e China.

“Os traders de petróleo podem ser cautelosos antes do CPI (Indice de Preços ao Consumidor) dos
Estados unidos e da série de dados econômicos da China no final desta semana”, disse a analista da
CMC Markets, Tina Teng.

Dados dos Estados Unidos na sexta-feira passada apontaram para os menores ganhos de emprego em
dois anos e meio, mas forte crescimento salarial. Os números reforçam a probabilidade de o Federal
Reserve (Fed, o banco central norte-americano) elevar as taxas de juros em sua reunião de julho.

A presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, disse hoje que níveis ainda fortes de
pressões inflacionárias subjacentes estão apontando o banco central para mais até dois aumentos
de juros neste ano.

Taxas de juros mais altas aumentam os custos dos empréstimos para empresas e consumidores, o
que poderia desacelerar o crescimento econômico e reduzir a demanda por petróleo.

Enquanto isso, a demanda de petróleo da China e dos países em desenvolvimento, combinada com
os cortes de oferta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), provavelmente
manterá o mercado apertado no segundo semestre do ano, apesar de uma economia global lenta, segundo
o chefe da Agência Internacional de Energia (AIE).

Isso ocorre em meio aos preços dos produtos industriais da China caindo no ritmo mais rápido
em mais de sete anos em junho, de acordo com dados do governo, indicando uma desaceleração na
recuperação na segunda maior economia do mundo.

Por volta de 13h52 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para agosto caía 0,91%, cotado a US$ 73,26 o barril. Já o preço do contrato do
Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para setembro recuava 0,72%, cotado a US$ 77,90 o
barril.

As informações são da Agência CMA.

Revisão: Ritiele Rodrigues (ritiele.rodrigues@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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