PETRÓLEO: Futuros seguem operando em alta após Opep+ cortar produção

Porto Alegre, 5 de setembro de 2022 – Os preços dos contratos futuros de petróleo operam em
alta no início da tarde, depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados
(Opep+) concordaram em cortar as cotas de produção e a Rússia disse que não exportará seu
petróleo para países que respeitam o limite de preço planejado pelos Estados Unidos.

Membros da Opep e seus aliados concordaram em uma reunião mais cedo em reduzir a produção em
100 mil barris por dia (bpd) a partir de outubro, surpreendendo analistas que esperavam amplamente
que o grupo mantivesse os níveis atuais. A Arábia Saudita apresentou a ideia no mês passado para
aliviar a disfunção de preços no mercado de petróleo.

Os preços do petróleo caem cerca de 20% em relação às altas de junho, em parte devido a
preocupações crescentes com uma recessão global, o que derrubaria a demanda. Um corte da Opep na
oferta, mesmo que pequeno, poderia ajudar a apoiar os preços do petróleo.

O grupo disse que estava devolvendo as cotas aos níveis de agosto porque sua adição
previamente acordada de 100 mil barris por dia em setembro era destinada apenas para esse mês.

“O destaque é que a Opep+ está produzindo bem abaixo de sua meta de produção e isso parece
improvável de mudar, dado que Angola e Nigéria, em particular, parecem incapazes de retornar aos
níveis pré-pandêmicos de produção”, afirmam analistas da Capital Economics.

De acordo com o Wall Street Journal, a Rússia disse que não apoiaria cortes na produção de
petróleo da Opep+. Moscou teme que a implicação da oferta possa enfraquecer suas negociações
com compradores asiáticos, que têm comprado seu petróleo com desconto em meio às sanções
energéticas ocidentais.

Os investidores também estão pesando o acordo de sexta-feira dos ministros do G7 para apoiar
um plano liderado pelos Estados Unidos de estabelecer um limite de preço no petróleo russo para
reduzir as receitas energéticas de Moscou. A medida impediria refinarias, traders e financiadores
de manusear petróleo russo, a menos que fosse vendido abaixo do preço definido.

Em resposta, a Rússia disse que não venderá petróleo para países que adotarem um limite de
preço em seu petróleo, provocando ainda mais preocupações de uma queda na oferta de petróleo.

Por volta de 13h35 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para outubro subia 2,63%, cotado a US$ 89,16 o barril. Já o preço do contrato do
Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para novembro subia 2,33%, cotado a US$ 95,19 o
barril.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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