PETRÓLEO: Futuros sobem mais de 2% com sauditas mantendo corte voluntário

Porto Alegre, 3 de agosto de 2023 – Os preços dos contratos futuros de petróleo operam em alta
de 2% depois que a Arábia Saudita confirmou que irá manter seu corte voluntário de 1 milhão de
barris por dia (bpd) na produção de setembro.

Líder da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o reino saudita realiza
reduções adicionais às já combinadas pelo cartel desde julho com o objetivo de estabilizar o
mercado.

Na época, a Rússia também contribuiu com cortes voluntários de 500 mil bpd. De acordo com o
ministro de energia do país, Alexander Novak, isso se manterá em setembro, mas com um corte menor
de 300 mil bpd.

A reunião oficial da Opep+, formada pelo cartel e aliados liderados pelos russos, acontece
amanhã. No entanto, com a decisão mais importante sobre os cortes voluntários sendo anunciada
hoje, o mercado se sente mais seguro em entrar em um rali.

No entanto, a forte alta nos preços que vem ocorrendo no último mês e que devem se prolongar
com mais apertos na oferta começa a preocupar.

“O aumento dos preços do petróleo pode ser um freio ou até mesmo reverter a tendência de
queda da inflação”, diz Sam Sudame, gerente sênior de investimentos para a empresa fiduciária WE
Family Offices. “Isso pode alterar a política do Federal Reserve (Fed, o banco central
norte-americano) e eles podem não cortar as taxas como o mercado espera.”

Fortalecendo o aperto da oferta, os estoques de petróleo dos Estados Unidos mostraram ontem que
caíram 17 milhões de barris na semana passada, a maior queda nos inventários desde o início dos
registros.

Enquanto isso, o Banco da Inglaterra (BoE) elevou as taxas de juros para 5,25% de 5%, o maior
nível em 15 anos, como amplamente esperado, para domar a inflação persistentemente alta.

O preço do contrato do petróleo WTI negociado na Nymex com entrega para setembro subia 2,67%,
cotado a US$ 81,62 o barril. Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE, com
entrega para outubro avançava 2,35%, cotado a US$ 85,18 o barril.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Copyright 2023 – Grupo CMA