PETRÓLEO: G7 e UE decidem teto de preço a US$ 60 para produto russo

Porto Alegre, 5 de dezembro de 2022 – O G7 e a União Europeia decidiram, na última
sexta-feira, estabelecer o teto de preço ao petróleo russo de US$ 60 por barril. O preço poderá
ser ajustado a depender das condições econômicas e políticas mundiais.

“O G7 e todos os Estados-Membros da União Europeia tomaram uma decisão que afetará ainda mais
as receitas da Rússia e reduzirá sua capacidade de travar uma guerra na Ucrânia. Também nos
ajudará a estabilizar os preços globais da energia, beneficiando países em todo o mundo que
atualmente enfrentam altos preços do petróleo, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula
von der Leyen.

O limite de preço será imposto para transportadores europeus que levem o petróleo russo a
outros países, já que o bloco europeu proibiu a importação da commodity vinda da Rússia. “O
teto de preço foi projetado especificamente para reduzir ainda mais as receitas da Rússia,
mantendo os mercados globais de energia estáveis por meio de suprimentos contínuos. Ele também
ajudará a combater a inflação e a manter os custos da energia estáveis numa altura em que os
custos elevadosem particular os elevados preços dos combustíveissão uma grande preocupação na
União Europeia e em todo o mundo”, diz a nota da Comissão Europeia.

Esse preço-limite do petróleo bruto entra em vigor a partir de hoje e, para os produtos
refinados, a partir de 5 de fevereiro de 2023.

“Com esta decisão hoje, cumprimos o compromisso dos líderes do G7 de impedir que a Rússia
lucre com sua guerra de agressão contra a Ucrânia, de apoiar a estabilidade nos mercados globais
de energia e de minimizar os efeitos econômicos negativos da guerra de agressão da Rússia,
especialmente em países de baixa e média renda, que sentiram os impactos da guerra de Putin de
forma desproporcional”, informa a nota oficial dos países do G7.

Para os membros do G7, a revisão do limite de preço levará em consideração a evolução do
mercado de petróleo, impacto nos países-membros do G7 e da União Europeia, além da eficácia da
medida em si. As informações são da Agência CMA.

Yasmim Borges (yasmim.borges@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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