Porto Alegre, 19 de dezembro de 2016 – A Companhia Nacional de Petróleo da
Líbia interrompeu temporariamente o retorno da produção nos campos do oeste
do país, disseram ontem autoridades líbias, depois que uma milícia ameaçou
bloquear a chegada de petróleo ao mercado. As informações são da agência de
notícias “Dow Jones”.
A interrupção é um golpe para a indústria petrolífera da Líbia, que
tem contado com os campos ocidentais para reiniciar sua produção. Um oleoduto
que transporta mais de 400 mil barris por dia (bpd) a partir de dois campos
ocidentais foi reaberto parcialmente na quarta-feira, mas o envio do petróleo
para portos costeiros foi suspenso, disseram as autoridades.
O país está fragmentado entre governos rivais do Ocidente e do Leste e
entre uma série de milícias com alianças mutáveis. O acordo para reiniciar a
produção envolveu conversas com duas milícias separadas que controlam
diferentes aspectos dos campos ocidentais. Mas um terceiro grupo, uma facção
da milícia Guardas das Instalações de Petróleo, agora protesta que tem sido
deixada de fora das negociações e quer que uma das duais outras milícias saia
dos campos.
“Se eles não saírem, nós atacaremos”, disse Eli Egray, um dos
líderes. As milícias buscam mais empregos e pagamento de compensações por
terem cuidado dos campos de petróleo. Com o risco de bloqueio, “não é
seguro” continuar a retomada da produção nestes campos, afirmou uma
autoridade do governo.
A Líbia é membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo
(Opep), mas está isenta do corte de produção do cartel, uma vez que sua
oferta foi prejudicada nos últimos anos, caindo para menos de 300 mil bpd em
alguns momentos deste ano, ante a máxima de mais de 1,6 milhão de bpd durante
o governo de Muammar Gaddafi. A produção aumentou para mais de 500 mil bpd nos
últimos meses. A reabertura dos campos ocidentais poderia acrescentar até 400
mil bpd ao mercado. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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