Porto Alegre, 22 de abril de 2022 – Os preços de derivados de petróleo
no Brasil devem estar alinhados àqueles praticados no mercado internacional, de
acordo com o posicionamento do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP).
A medida visa dar as sinalizações adequadas aos agentes que trabalham
diuturnamente para garantir o abastecimento nacional.
O IBP defende que os preços no Brasil não se desconectem dos preços de
mercado, por ser este o caminho de menor custo para a sociedade no médio-longo
prazos. A liberdade de importação e exportação de derivados e
biocombustíveis, a competição, a atração de investimentos, a geração de
novos empregos e, consequentemente, a garantia do abastecimento nacional são
eventos indissociáveis.
Para o IBP, o petróleo, como as demais commodities, é comercializado no
mercado internacional e sua cotação é mostrada de forma transparente e em
tempo real nas bolsas de mercadorias, refletindo as dinâmicas globais de oferta
e demanda. Uma característica básica do mercado de commodities é que os seus
preços não são controlados pelos produtores, mas dados por centenas de
variáveis, derivadas, dentre outros, de fatores geopolíticos, logísticos,
climáticos, e o mesmo critério se aplica ao mercado de petróleo.
Ainda que ao longo da década de 1970, a Organização dos Países
Exportadores de Petróleo (OPEP) tenha exercido alguma influência nos preços,
a realidade atual é marcada por um contexto internacional de complexidade muito
maior, no qual diversos elementos entram em cena no sentido de afetar os
preços.
O aumento no preço do petróleo observado ao longo da década de 2000,
motivados pela elevação da demanda global, puxada, sobretudo, pela China,
acarretou a busca de novas áreas produtoras com o auxílio de tecnologias cada
vez mais sofisticadas que viabilizassem sua produção econômica. Em um mercado
mais competitivo, com a entrada dos novos players, os preços passaram a se
aproximar do seu custo marginal.
O caso mais notável é o do shale norte-americano, cuja produção supera
em mais de duas vezes a produção total brasileira. O desenvolvimento da
técnica do fracking ao longo dos anos 2000 levou a um boom na produção de
petróleo norte americana. Nesse contexto, os EUA passam a ter um papel
contundente na formação dos preços no cenário internacional; e ainda que
países de relevância, como a Rússia, atuem como aliados da OPEP, no grupo
chamado OPEP+, foram justamente desalinhamentos entre aliados, por conta de
discordâncias sobre as cotas de produção por país, que contribuíram para o
excesso de oferta causador da queda vertiginosa dos preços no início da
pandemia da COVID-19. O cenário de volatilidade foi aguçado com o conflito
entre Rússia e Ucrânia, mostrando que o contexto geopolítico desempenha um
papel-chave na dinâmica dos preços das commodities. As informações partem da
assessoria de comunicação do IBP.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
Copyright 2022 – Grupo CMA
Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.300,00Milho Saca
R$ 66,25Preço base - Integração
Atualizado em: 17/06/2025 09:45