PETRÓLEO: Produção da Opep em 2017 tem primeira queda desde 2013

Porto Alegre, 19 de janeiro de 2018 – A produção de petróleo dos membros
da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) recuou de 39,6
milhões de barris por dia (bpd) em 2016 para 39,2 milhões de bpd em 2017, a
primeira queda anual desde 2013, segundo relatório mensal da Agência
Internacional de Energia (AIE).

O recuo é resultado do acordo fechado entre membros da Opep e outros dez
países para limitar a oferta e retirar 1,8 milhão de bpd do mercado, a fim de
impulsionar os preços da commodity. O pacto entrou em vigor em janeiro de 2017,
mas a Líbia e a Nigéria, ambas integrantes do cartel, ficaram isentas do
corte devido a conflitos domésticos. Em novembro, o pacto foi estendido até o
final de 2018.

Segundo a AIE, os 12 membros da Opep que participam do acordo mantiveram
uma taxa de conformidade de 95% no ano passado. Apenas em dezembro, a taxa de
adesão foi de 129%, o que significa que os países fizeram corte maior que o
prometido.

A produção desses 12 países somou 29,59 milhões de bpd em dezembro,
após os 29,70 milhões de bpd de novembro, e a oferta total da Opep –
incluindo Líbia e Nigéria – somou 32,23 milhões de bpd em dezembro, uma queda
de 60 mil bpd após os 32,29 milhões de bpd de novembro.

Já entre os dez signatários do acordo que não fazem parte da Opep, um
grupo liderado pela Rússia, a taxa de adesão ao pacto foi menor em 2017, de
82%, mas ainda assim foi considerada forte pela AIE. Em dezembro a taxa ficou em
81%, uma queda ante os 90% registrados em novembro.

“A taxa de desempenho historicamente alta para o acordo, no entanto, foi
confrontada com um aumento igualmente impressionante na produção dos Estados
Unidos, que anulou cerca de 60% dos cortes realizados”, diz a agência no
relatório. O pacto também foi ofuscado pela retomada da produção da Líbia e
da Nigéria ao longo do ano. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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