Agronegócio

Plantio de soja do Brasil tem início mais lento em 6 anos

9 de outubro de 2019
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O plantio de soja havia atingido até a última quinta-feira 3,1% da área estimada para o Brasil na safra 2019/20, contra 0,9% uma semana antes, o que configura o início mais lento desde a safra 2013/14, quando 2,7% da área brasileira estava plantada no início de outubro, informou nesta segunda-feira a consultoria AgRural.

O tempo mais seco neste ano e a irregularidade de chuvas deixam produtores mais cautelosos em realizar o plantio, que nesta mesma época em 2018 havia alcançado 9,5% da área plantada, segundo a AgRural.

“Algumas pancadas de chuva registradas na semana passada deram mais ritmo ao plantio da safra 2019/20 de soja no Paraná e em Mato Grosso. Mesmo assim, o atraso em relação ao ano passado e à média de cinco anos continua, pois as precipitações seguem irregulares…”, disse a AgRural em relatório.

Segundo a consultoria, muitas áreas nos principais produtores do Brasil ainda não contam com umidade suficiente para garantir segurança ao plantio e à germinação.

A AgRural ponderou que, embora o início lento do plantio de soja preocupe os produtores e alimente especulações sobre uma janela mais estreita para a segunda safra, a melhora das chuvas esperada para o decorrer de outubro, aliada à capacidade de plantio muito rápido de grande parte dos produtores, tende a minimizar o atraso observado neste início de temporada.

“Para isso, porém, as chuvas precisam ficar mais regulares o quanto antes”, acrescentou.

A maior parte da áreas produtoras deverá receber chuvas abaixo da média histórica para o período nesta semana, segundo dados metereológicos publicados no terminal Eikon, da Refinitiv. O norte de Mato Grosso, contudo, verá os maiores volumes.

Até o final da semana passada, o plantio de soja da safra 2019/20 em Mato Grosso havia avançado para 6,65% da área projetada, cerca de cinco pontos percentuais acima do verificado na semana anterior, mas ainda com atraso ante o ano passado e frente à média histórica para o período, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O mesmo atraso ante o ano passado é visto no Paraná, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral).

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