Por que a soja sofreu pressão para baixo?

No mercado internacional da soja, de acordo com a TF Agroeconômica, ligeiras quedas foram o saldo da semana para os preços da soja em Chicago, onde as posições de março e maio recuaram 0,99 e 0,73%, passando de 566,77 para 561,17 e de 563,46 a US$ 559,33 a tonelada. Isso porque o mercado sofreu uma pressão descendente.

Dentre os fatores, destaca-se a colheita no Brasil e seu avanço. “Em seu relatório semanal, a Conab levantou na segunda-feira o avanço da safra brasileira de soja em 15,4% da área apta, ante 8,9% no relatório anterior e 25% no mesmo período de 2022. Na sexta-feira, o Instituto Mato-Grossense de A Economia Agrícola apurou um avanço na colheita no Mato Grosso –é o principal Estado produtor– de mais de 60,03% da área apta, ante 67,75% na mesma época em 2022 e 57,83% Média % nos cinco anos anteriores. O andamento semanal da obra foi de 15,93 pontos percentuais. A influência baixista não foi maior devido às perdas que são evidentes no Rio Grande do Sul”, comenta.

Além disso, a inflação e o petróleo também influenciam. “Na terça-feira foi divulgado o índice de inflação de janeiro nos Estados Unidos e o dado, de 0,5%, que colocou a marca ano a ano em 6,4%, ficou acima do esperado pelas operadoras e ficou longe do objetivo do Federal Reserve, que dificilmente começará a desfazer seu programa de aumento de juros neste ano. Já o petróleo caiu 4,20% na semana, passando de 79,76 para 76,41 dólares o barril”, completa.

“Com as tarefas de colheita ganhando dinamismo no Brasil, a China concentra seu interesse nos portos do principal produtor e fornecedor de soja, em detrimento dos terminais americanos. Durante a semana, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais do Brasil estimou as exportações de fevereiro em 9.390.842 toneladas, embora tenha esclarecido que pode ocorrer o caso de cargas mais curtas, portanto a faixa viável fica entre 7.600.000 e 9.390.842 toneladas”, conclui.