SAFRAS (02) – As empresas operadoras de granéis de exportação e
importação do Porto de Paranaguá estão cada vez mais empenhadas para a
organização do fluxo dos caminhões. Visando melhorar a qualidade de vida da
população e reduzir os impactos da atividade na cidade, novos pátios estão
sendo criados, para os dois segmentos.
Uma das empresas é a Fortesolo, que opera fertilizantes pelo porto
paranaense. De acordo com o gerente de gestão e projetos, David Pereira de
Jesus, uma área de 21,5 mil metros quadrados foi disponibilizada pela empresa
para estacionamento e manobra de quase 280 caminhões. A iniciativa, segundo
ele, foi motivada pela Administração dos Portos.
“A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) tem
trabalhado, questionado e buscado junto a todos os operadores a viabilidade em
relação às questões ambientais e de infraestrutura para atender a demanda
das operações portuárias, sem prejuízo para a população. Nas mesmas
condições que o Porto, nós estamos fazendo a nossa parte, nos somando a esse
cuidado”, afirma o gerente.
Criado em abril, o pátio além de funcionar como centro de fluxo terá
portaria de triagem para a recepção dos caminhões, banheiros e sala de
espera. No local também será possível ampliar o controle e inspeção quanto
à limpeza dos veículos.
Segmento – Outra empresa do segmento dos fertilizantes que tem
avançado nessa organização é o Rocha que, atualmente, dispõe de três
áreas próprias para estacionamento de caminhões, com capacidade diária para
435 veículos, e trabalha na criação de uma quarta área para este fim.
“Já estamos trabalhando uma outra área para triagem, classificação
e estacionamento, com uma capacidade dinâmica de 308 veículos diários. Com
isso, conseguiremos absorver um total de 843 veículos/dia”, afirma Jorge
Henrique Sampaio, representante da empresa.
Outro bom exemplo – Ainda entre os operadores dos granéis de
importação, as ações da Fertipar também se destacam. A empresa tem quatro
áreas disponíveis para estacionamento de caminhões: uma para 60 caminhões,
outra para 300 caminhões e outras duas para 40 veículos (em cada uma das duas
fábricas que funcionam em Paranaguá.
Segundo Laerte Feldmann, representante da empresa, os pátios existentes
atendem a demanda da empresa que trabalha, atualmente, na melhoria do acesso ao
pátio maior. As obras estão em fase final e vão aliviar, bastante, o
trânsito no local.
“Além de necessário para planejar nossa produção diária,
otimizando a linha de produção, o pátio é importante para que possamos
oferecer ao caminhoneiro, ao menos, um mínimo de conforto. Com certeza melhora
a vida de toda a comunidade: o caminhoneiro fica acolhido e a população, que
tem as ruas da cidade mais descongestionadas”, afirma.
Pioneiros – Além das empresas que estão investindo em novas áreas,
algumas saíram na frente e já oferecem este serviço. É o caso da Cattalini
Terminais Marítimos que, desde 2003, tem um pátio para 200 caminhões.
Recebendo em média 150 caminhões por dia, a empresa evita que estes caminhões
fiquem na área do entrono do terminal. “Se enfileirássemos 150 caminhões,
teríamos uma fila diária de quase cinco quilômetros. O pátio nos atende com
satisfação e evita diversos transtornos”, explica Carla Nitsche Rocha,
gerente comercial da Cattalini.
Em 2012, a Pasa também resolveu investir numa área para receber
caminhões. “Adquirimos uma área para receber 180 caminhões. “No ano
passado resolvemos ampliar este espaço e estamos finalizando o processo para
ter mais 80 vagas”, explica Pérsio Souza de Assis”, diretor da empresa.
Passam pelo pátio da Pasa cerca de 180 caminhões por dia. Os
caminhões carregados com açúcar não passam pelo pátio de triagem do Porto
de Paranaguá (que só recebe caminhões de soja, milho e farelo de soja).
“Além de ampliar a área de pátio, estamos treinando nosso pessoal para
começar a usar um software bastante semelhante ao utilizado pela Appa. Teremos
um sistema online de cotas, para ordenar o recebimento dos caminhões e evitar
problemas no fluxo, seguindo o bom exemplo que a Appa já adota”, disse.
Outra iniciativa que deve melhorar o fluxo de caminhões em Paranaguá
está sendo estudada pela Ferroeste. De acordo com o diretor da empresa, João
Vicente Bresolin Araujo, está sendo estudada a implantação de uma Estação
Truck dentro do terminal da Ferroeste, em Cascavel. “Teremos lá um pátio
semelhante ao que existe hoje em Paranaguá. Além de oferecer serviços
diversos, será possível classificar a carga ainda no interior, facilitando em
muito o fluxo de chegada a Paranaguá”, explicou. A Ferroeste está estudando
a implantação deste pátio numa área de 100 mil metros quadrados, que
conseguirá abrigar até 400 caminhões.
Appa – No que tange ao poder público, a Appa também está trabalhando
na ampliação do Pátio Público de Triagem. A área, que hoje abriga cerca de
mil caminhões, será ampliada para receber mais 300 caminhões. De acordo com
o superintendente da Appa, Luiz Henrique Dividino, a ampliação do pátio
público e as iniciativas dos operadores portuários em criar áreas próprias
para caminhões, demonstram o engajamento de todos em melhorar as condições
viárias dentro de Paranaguá.
“No debate, entre Appa, Polícia Rodoviária, Prefeitura e Operadores
Portuários, cada um vem assumindo a sua responsabilidade sobre a via e o fluxo
dos veículos. Todos estão empenhados em fazer a sua parte para que o fluxo de
caminhões ocorra de maneira organizada. Como fizemos com o Pátio de Triagem
que, este ano, não registrou fila ou maiores transtornos, eles estão fazendo
em suas próprias áreas. Cada um está cuidando do que é seu e todos têm o
nosso apoio”, afirma. As informações partem da Assessoria de Comunicação
da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA).
(CBL)
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 22/11/2024 17:50