As cotações da soja tiveram, na segunda-feira (29), um dia de ganhos nos preços do mercado físico brasileiro, com influência da retomada nas cotações da Bolsa de Chicago (CBOT). De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, em média os preços subiram 0,68% nos portos e 0,63% no interior do País.
O analista da T&F, Luiz Fernando Pacheco, ressalta que deu sustentação aos preços da soja no Brasil a alta de 0,84% do dólar no Brasil, (revertendo a queda da última sexta-feira) junto com a alta de 6,0 dólares/bushel em Chicago: “O mercado continua inseguro, com as notícias cada vez mais graves sobre a seca na Argentina, que poderá levá-la a uma forte queda de produção, de um lado, e, de outro, as notícias sobre boas chuvas no Brasil, o que poderá aumentar a sua produtividade de tal maneira a compensar e superar a quebra argentina, mas isto ainda não está definido”.
“Por enquanto, a safra brasileira está atrasada, o que alimenta este estado de incerteza. O produtor americano continua vendendo, o que significa que não tem esperanças de alta, a curto prazo, desanimado com a redução dos volumes de exportação de soja do seu país. Já os produtores brasileiros estão ressabiados, muito desanimados com a baixa lucratividade esperando alguma alta que possa modificar este quadro”, comenta Pacheco.
De acordo com o especialista, alguns ainda dispõe de algum trigo para vender, embora o mercado não seja comprador, e estão começando a colher milho, o que pode manter o seu capital de giro enquanto esperam boas novas sobre a soja. “Mas, nenhum dos três grãos tem grande lucratividade neste momento, o que pode ser uma preocupação adicional para os produtores. Nosso Boletim de Milho tem notícias apavorantes sobre a lucratividade deste cereal nesta safra”, conclui.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 16/05/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,42Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.835,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.250,00Milho Saca
R$ 71,00Preço base - Integração
Atualizado em: 15/05/2025 09:30