Preço do suíno vivo tem valorização de 6% no IIPR de abril

Os efeitos da guerra comercial entre Estados Unidos e China chegaram ao bolso do produtor rural gaúcho. O Relatório de Índices de Inflação divulgados pela Assessoria Econômica da Farsul, indica que o Índice de Inflação dos Preços Recebidos Pelo Produtor Rural (IIPR) fechou o mês de abril com desvalorização de 1,48%, queda impulsionada pela diminuição nas vendas da soja (-3%) e do milho (-2%).

Em 12 meses o IIPR teve queda de 1,82% em contraposição ao Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA) Alimentos, que teve alta de 7,31%, comprovando, segundo a Farsul, que os preços do campo não acompanham os dos supermercados.

A notícia boa do IIPR de abril foi a valorização do suíno, que subiu 6%. De acordo com o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul – ACSURS, Valdecir Luis Folador, num espaço maior, de dois meses, entre março e maio, o preço do quilo subiu de R$ 4,00 para R$4,35.

Na comparação desta semana com a mesma semana de maio de 2018, quando o quilo estava R$3,15 a alta chega a R$ 1,20 para os produtores independentes e R$ 00,80 para os integrados. “O prejuízo trazido à China pela epidemia da gripe suína africana deve garantir ao setor no Brasil, um mercado aquecido por pelo menos uns quatro anos, tempo que seria necessário para repor o plantel suíno chinês”, comenta Folador.

O relatório da Farsul apontou também alta de 0,15% em abril no Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP), em razão principalmente do aumento nos preços dos fertilizantes balizados pela variação cambial. Nos últimos 12 meses, a inflação IICP chegou a 6,25%.