Preços no mercado de frango e suínos continuam firmes

No mercado físico, os preços pagos aos produtores dos setores avícola e suinícola continuaram firmes, em virtude da valorização das carnes, que nesta a semana superou os valores do mesmo período do ano passado, em termos nominais. Ambas as cadeias seguem impulsionadas pela demanda, sobretudo externa, elevando as compras dos frigoríficos. Paralelamente, o consumo doméstico também cresceu nos últimos meses, favorecido pelos elevados patamares de preços da carne bovina.

Os elevados preços do frango e do suíno vivos remetem muito mais uma condição de demanda que necessariamente a baixa oferta de animais para abate. Nesta semana, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, Rio de Janeiro/RJ), divulgou seu relatório trimestral de estatística da produção pecuária do Brasil. Os dados mostram um forte crescimento no abate de frango e suíno. Segundo o instituto, no primeiro semestre deste ano, o abate de suínos no País foi de e 18,87 milhões de cabeças, registrando recorde desde que se iniciou a pesquisa, em 1997. Esse resultado representa aumentos de 5% em relação ao mesmo período do ano passado. Já em relação à avicultura, no mesmo período deste ano, foram abatidas um recorde de 2,76 bilhões de cabeças de frangos, aumento de aproximadamente 4% em relação ao período análogo de 2014.

Neste contexto, o setor de alimentação animal do Brasil revisou sua projeção para a produção de rações em 2015 para 67,1 milhões de toneladas, prevendo um crescimento de 3,2% frente a 2014. Nas palavras do vice-presidente-executivo do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações, São Paulo/SP), Ariovaldo Zani, a atividade pecuária, para a produção de carnes, ovos e leite, “continua resistindo à crise”. Problemas fitossanitários nos países concorrentes, apreciação cambial, a abertura de novas oportunidades e ampliação no comércio junto ao Brasil são alguns fatores que favoreceram a demanda.