O mercado brasileiro de carne suína chega ao final de mais uma semana com preços praticamente inalterados em relação à anterior. O analista de Safras & Mercado, Allan Hedler, sinaliza que houve um quadro de estabilidade nas cotações do suíno vivo em praticamente todas as praças acompanhadas na região Centro-Sul do Brasil, com o quilo do animal vivo cotado a R$ 3,23 na média diária, preço que vem se sustentando durante todo o mês de maio. “Na semana anterior a cotação chegou a R$ 3,24, mas já voltou a R$ 3,23. Em relação ao mesmo período do ano passado, quando a média de preços era de R$ 2,46, a cotação atual é 31% superior”, comenta.
Para Hedler, a produção ajustada contribuiu para segurar os preços durante as três primeiras semanas de maio. No entanto, com a perspectiva de uma demanda mais retraída neste final de mês, dificilmente haverá a manutenção dos preços. Diante deste quadro, o analista projeta que as cotações possam cair nos próximos dias, acompanhando a retração verificada no mercado atacadista durante a semana. “O indicativo é de que os frigoríficos possam trabalhar com preços ainda mais baixos para os principais cortes de suínos na próxima semana, em função do consumo mais comedido. Nesta semana, a média de preços da carcaça suína recuou 1,2% no Centro-Sul, de R$ 5,17 para R$ 5,11. Já a média de preços do pernil permaneceu em R$ 6,48”, sinaliza.
Com relação ao próximo mês, Hedler acredita que a demanda interna possa melhorar com a realização da Copa do Mundo no Brasil, atraindo milhares de turistas. “O clima também deve ajudar, visto que são esperadas temperaturas mais baixas para as próximas semanas, o que também deve influenciar em um incremento na demanda por carne suína”, pontua.
Nas exportações, apesar da perda de intensidade durante a terceira semana de maio, Hedler entende que o volume médio diário embarcado segue favorável, da ordem de 1,6 mil toneladas de carne suína, cerca de 11,8% abaixo da média diária de 1,8 mil toneladas de abril. “No acumulado do mês as vendas ao mercado externo somam um total de 17,8 mil toneladas e receita de US$ 58,4 milhões”, comenta.
Na quinta-feira (22), a análise de preços de Safras & Mercado indicou que o quilo vivo foi cotado a R$ 2,90 na integração catarinense, mesmo valor ante semana passada. No mercado independente também apresentou estabilidade, cotado a R$ 3,40. No Paraná, o mercado livre encerrou a semana cotado a R$ 3,26, ante R$ 3,31 da semana anterior. No mercado integrado, o quilo vivo foi cotado a R$ 3,31, queda de um centavo ante a semana passada. No Rio Grande do Sul o quilo vivo recuou sete centavos no interior, ficando em R$ 3,31, enquanto na integração seguiu em R$ 2,91.
Em São Paulo, a arroba suína foi mantida em R$ 68,00. Em Goiás o quilo vivo seguiu em R$ 3,50, mesma cotação registrada no interior de Minas Gerais. No mercado independente mineiro, a cotação do suíno seguiu em R$ 3,20.
No Mato Grosso do Sul, o quilo vivo seguiu em R$ 3,50 em Campo Grande e a R$ 3,00 na integração. No Mato Grosso, o quilo do animal vivo seguiu em R$ 2,92 na integração. Em Rondonópolis, a cotação teve queda de cinco centavos, sendo cotado a R$ 3,10.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 07/11/2024 17:50