Falta uma semana para a Food ingredients South America (FiSA) 2018. A 22ª edição do evento acontece no Transamerica Expo Center, em São Paulo (SP), de 21 a 23 de agosto, e reúne tendências, lançamentos e inovações que nortearão a indústria nos próximos anos.
O evento ocorre em um momento importante para o país, já que estão em discussão novas regras de rotulagem na indústria alimentícia. Após pressão de consumidores, a sociedade discute a melhor forma de indicar os teores nutricionais de alimentos industrializados. No mês passado, o presidente Michel Temer afirmou que iria se reunir com a indústria do setor para discutir a questão, que já foi tema de consulta pública Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Na FiSA 2018, a discussão será do ponto de vista de negócios, mas abordará também questões regulatórias. A feira vai oferecer aos visitantes todas as informações sobre o tema, apresentando cases e apontando soluções que podem ajudar as companhias a se adaptarem às exigências cada vez maiores de órgãos regulatórios e ainda permanecerem com seus mercados.
Faturamento de saudáveis
Outra discussão importante do setor é o salto dos produtos saudáveis no mercado brasileiro. De 2012 para 2017, o faturamento de produtos alimentícios relacionados à saúde e bem-estar cresceu de US$ 12,7 bilhões para US$ 19 bilhões, ou seja, quase 50% em cinco anos, segundo a empresa de pesquisa estratégica de mercado Euromonitor International, que participará da FiSA 2018.
Na categoria de alimentos industrializados saudáveis, definido pela Euromonitor International como Health and Wellness Packaged Food, o Brasil fica atrás somente de Estados Unidos e China, e logo à frente de países como Japão, Reino Unido, Alemanha, França, Índia, Itália e Canadá.
Considerando somente o segmento de alimentos orgânicos industrializados, nesses cinco anos o faturamento no varejo subiu de R$ 66,7 milhões (2012) para R$ 150,4 milhões no ano passado. No segmento categorizado como free from pela companhia, que inclui produtos como os livres de lactose, glúten, leite, entre outros ingredientes relacionados a intolerâncias e alergias alimentares, o salto foi de R$ 519,4 milhões para R$ 1,8 bilhão. As projeções da consultoria é que esses dois segmentos atinjam R$ 172,7 milhões e R$ 2,5 bilhões, respectivamente, até 2022.
Investimento em startups
Além da programação já consagrada, a feira será palco do inédito Start-up Innovation Challenge, um desafio que premiará os mais inovadores projetos do setor com um programa de suporte especializado, elaborado pela organizadora da FiSA, UBM Brazil, em parceria com a Equilibrium Consultoria, com o patrocínio daempresa de pesquisas de mercado Euromonitor e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). A competição está aberta às startups com até cinco anos de atividade, que trazem inovações em ingredientes e produtos alimentícios nas categorias “Melhor Inovação em Ingredientes Alimentícios” e “Melhor Inovação em Produtos Alimentícios”.
Os vencedores de cada categoria serão anunciados no primeiro dia, 21 de agosto. Eles terão um programa especializado de suporte à geração de negócios: serão oferecidos US$ 5 mil em créditos da Euromonitor, que podem ser investidos em uma assinatura de Passport ou compra de relatórios; seis meses de consultoria de marketing nutricional, no valor de R$ 20 mil, oferecida pela Equilibrium Consultoria; um estande de 9m² com montagem inclusa na próxima edição da FiSA ou uma ação de marketing digital para o banco de dados do evento no valor de R$ 14 mil; e uma solução integrada do Senai, de R$ 20 mil, que avalia o ciclo de vida do produto, bem como incubação durante um ano, com mentoria e posição fixa no espaço de coworking do serviço, no valor de R$ 13.200.
A FiSA também terá a principal premiação nacional de inovação das indústrias de ingredientes, suplementos, alimentos e bebidas. O Fi Innovation Awards contará com cinco categorias, com três vencedores em cada uma: Ingrediente Alimentício Mais Inovador, Ingrediente Funcional Mais Inovador, Produto Mais Inovador, Produto Funcional Mais Inovador e, novidade para este ano, Suplemento Alimentar Mais Inovador.
Além disso, no evento o visitante poderá encontrar todo o segmento de Food e Health ingredients nos estandes, soluções ideais para a formulação de alimentos e bebidas funcionais, nutracêuticos, suplementos dietéticos, entre outros produtos voltados à saúde e ao bem-estar.
O encontro ainda oferece aos visitantes o Seminar Sessions, apresentações de 30 minutos com lançamentos e novas tecnologias da indústria; as visitas guiadas do Innovation Tour; o espaço New Product Zone, patrocinado pela Mintel, que destaca as principais inovações do setor, e o Summit de Embalagens, uma grade de conferências sobre soluções em design e tendências no segmento de embalagens para alimentos e bebidas. A feira traz também um Laboratório de Inovação e o Supplier Finder.
O público terá mais uma edição das Conferências Food ingredients South America, encontro técnico que recebe palestrantes de institutos, entidades e empresas de renome nacional e internacional, que falam sobre o consumo de alimentos na atualidade, alergênicos, tendências regulatórias, clean label, entre outros temas fundamentais para a indústria.
E, em paralelo às conferências, a FiSA traz mais uma novidade: o Future of Nutrition Summit, encontro inédito no Brasil e que acontecerá nos mesmos moldes de sua versão que surgiu na Food ingredients Europe em 2017, reunindo especialistas que exploram as mais recentes descobertas da nutrição, e que devem mudar a cara da indústria global de alimentos e bebidas para além dos próximos cinco anos.Com as condições climáticas favoráveis ocorridas no início de agosto, os produtores iniciaram o plantio do milho da Safra 2017/18. A chuva que ocorreu no meio da semana passada, interrompeu o plantio, que foi retomado no início desta semana.
Dados do Censo Agropecuário 2017 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), apontam uma redução na área plantada do grão do município. ‘Existe uma certa distorção dos dados mostrados, porque a grande parte do cereal é produzida por famílias que hoje se enquadram no plantio para subsistência e que podem não constar na pesquisa’, observa o chefe do escritório municipal da Emater/RS-Ascar. Vicente Fin salienta que há outros fatores que influenciam na redução, como a migração para a soja safra e safrinha, que tem melhores preços e ainda, muitas famílias pararam de produzir de tabaco e com isto, também não plantam mais milho.
Produtores
Segundo dados do escritório municipal da Emater/RS-Ascar, são em torno de 2.750 produtores que plantam milho, tanto para subsistência das famílias quanto em escala comercial. Morador de Itaipava das Flores, até o momento João Marne Daniel, plantou um hectare dos 25 hectares que vai plantar nesta safra, destinado para venda em espiga verde. Ele espera colher uma safra cheia, o que porém vai depender do comportamento do clima, e, se isto se confirmar, vai plantar milho safrinha na mesma área. Daniel conta que na safra passada, efetuou três colheitas nesta mesma área e isto ocorreu por causa do clima favorável e da colheita na hora certa.
Outro fator que contribuiu para o sucesso da safra foi a utilização de sementes de ponta. ‘Se for uma semente de qualidade inferior, a produtividade é menor. Por isso, invisto nas sementes de ponta que garantem uma maior produtividade e rendimento’, frisa Daniel. Na safra passada, chegou a colher entre 40 e 45 mil espigas por saca de sementes – cada saca contém 60 mil sementes, e ele recorda que há alguns anos, colheu 51,5 mil espigas. Para atingir esta produtividade, são necessários diversos fatores, como o clima favorável, sementes de ponta e ainda, não podem ocorrer enchentes do rio Taquari, o que o obriga a efetuar duas ou até três vezes o plantio na mesma área. Daniel destaca que já houve época em que se passaram cinco anos sem enchentes mas teve ano que ocorreram cinco.
As vendas de milho verde ocorrem na Ceasa em Porto Alegre e, o que sobra na lavoura, ele faz silagem para vender ou colhe em grão seco, que igualmente comercializa.
Números da Safra 2017/18
12 mil é o total de hectares estimado para milho em grão entre safra e safrinha.
620 é o número de hectares destinados para a colheita em espiga verde entre safra e safrinha.
3 mil é a área total que será destinada para silagem entre safra e safrinha.
55% é o percentual que é plantado na safra e destinado para grão, silagem e espiga verde.
45% é o percentual plantado para as mesmas finalidades na safrinha.
6,70 toneladas é a estimativa de produção por hectare do milho entre e safra e safrinha.
20 mil é a estimativa de produção por hectare de espigas de milho vendido como espiga verde.
3 mil quilos é a estimativa de rendimento de silagem por hectare entre safra e safrinha.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 29/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.943,33Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 71,25Preço base - Integração
Atualizado em: 29/11/2024 10:30