Suinocultura

Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono mostra as soluções tecnológicas para o tratamento dos dejetos suínos

5 de novembro de 2015
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Utilizar de forma coerente os recursos naturais e mostrar as melhores soluções tecnológicas para o tratamento de dejetos na suinocultura brasileira são alguns dos pontos estudados dentro do Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono. O projeto tem como objetivo avaliar e disseminar alternativas economicamente viáveis para o tratamento de dejetos na suinocultura, tecnologia preconizada pelo Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC). Os modelos serão difundidos por meio dos Fóruns sobre Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono nas principais regiões produtoras do Brasil. O primeiro fórum acontece no município paranaense de Marechal Cândido Rondon, no dia 24 de novembro, e o segundo evento ocorrerá em Belo Horizonte (MG), no dia 7 de dezembro.
O médico veterinário e consultor do projeto, Cleandro Pazinato Dias, analisou a produção sustentável da carne suína com foco no uso coerente dos recursos naturais. Ele destaca que antes do debate sobre as soluções tecnológicas mais apropriadas para o tratamento de dejetos na suinocultura brasileira, é necessário focar nos aspectos relacionados à gestão racional da água e da ração. “Ou seja, antes de tratarmos os resíduos precisamos ser eficientes no uso dos insumos básicos da produção”, ressalta.

Dessa forma, Cleandro desenvolveu três tópicos para explicar o funcionamento dos recursos naturais e as tecnologias para a suinocultura de baixa emissão de carbono. A cada edição deste boletim informativo será apresentado um capítulo da pesquisa. O primeiro é “O Uso Racional da Água”, o segundo “O Uso Racional da Ração” e o terceiro “Soluções Tecnológicas para o Tratamento dos Dejetos de Suínos”.

O médico veterinário destaca na introdução do artigo que a utilização excessiva da água aumenta a quantidade de resíduos (água residuária) e a dispersão da matéria orgânica nos efluentes, dessa forma, como resultado, haverá mais custo para o manejo e o tratamento de dejetos, aumento do volume do sistema de armazenamento, maiores custos para o transporte e utilização como fertilizante e maior uso de recursos hídricos.

“Outro exemplo, é a utilização de rações formuladas com os melhores padrões científicos e fornecida de maneira adequada, proporcionando menores volumes de dejetos e menor excreção de nutrientes”, destaca. No artigo, ele cita que a atuação não deve se concentrar unicamente na fase posterior a geração dos dejetos, mas em todo o ciclo da suinocultura, desde o uso dos recursos, depois o tratamento dos dejetos e por último no destino adequado e racional dos produtos oriundos dos processos tecnológicos de tratamento, como o biogás e o adubo/ fertilizante orgânico.

Nesse processo, ele destaca a biodigestão e a compostagem, que tem como produto final, respectivamente, o biogás e o biofertilizante. São métodos tecnológicos na suinocultura brasileira para tratar os dejetos e mitigar as Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), além de ser econômico para o bolso do produtor.

“Os produtos destas soluções tecnológicas podem se tornar fontes de renda para o produtor, podendo-se destacar o biogás utilizado para gerar energia elétrica, térmica e mecânica, e o fertilizante líquido que pode substituir os adubos químicos na agricultura. Da mesma forma, o adubo orgânico sólido gerado na compostagem pode ser aproveitado na própria propriedade como fertilizante, substituindo os adubos químicos e aumentando o nível de matéria orgânica no solo ou também pode ser comercializado fora das áreas de alta concentração da produção de suínos”, diz.

Cleandro destaca também que para o uso dessas tecnologias no tratamento de dejetos suínos possam ser utilizadas com maior eficiência é necessário o uso de um plano de gestão de água e da ração nas propriedades produtoras de suínos.

“Portanto, os resíduos da produção de suínos que naturalmente podem causar danos ambientais, quando devidamente tratados, podem se tornar agentes de sustentabilidade ambiental e econômica da atividade suinícola”, destaca.

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