RS: 69% da carne suína exportada teve como destino a China

As exportações de carne suína no Rio Grande do Sul foram lideradas novamente pela China. O Estado Gaúcho, que exportou 26.921.512 toneladas de carne suína e arrecadou US$ 58.150.436 no mês de julho, enviou 69% de toda a sua produção destinada à exportação para o país asiático.

O presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul – ACSURS, Valdecir Luis Folador, analisa positivamente o cenário de forma geral. “A grande demanda de exportações de carne suína é o que está salvando o mercado de suínos brasileiro. Já que o consumo interno reduziu, por conta das restrições de circulação causados pelo Coronavírus e o desemprego, que atinge a população”, justifica.

Folador complementa que os países da Ásia tradicionalmente são consumidores da carne suína e, por conta dos problemas sanitários que afetam o rebanho, precisam importar grandes volumes da carne produzida no Brasil.

Já por outro lado, estar dependente de um único país, como principal importador da carne suína pode ser preocupante. “Já vivemos isso no passado, em 2018, quando a Rússia era o principal importador de carne suína”, recorda.

Ao relembrar o momento, Folador frisa que a situação deixa o setor vulnerável, já que qualquer medida de restrição pode causar prejuízos para a suinocultura brasileira. Em relação a China, o presidente da entidade complementa que ela deve recuperar seu plantel de suínos em até três anos, diminuindo assim a importação de carne suína.

“Por conta disso temos que aproveitar a boa fase da suinocultura. Com a lucratividade que a atividade tem deixado, é hora de nos estruturarmos e equilibrarmos nossa situação financeira. Para que assim, possamos ter o máximo de viabilidade econômica na hora das dificuldades”, conclui.

Após a China, os principais destinos da carne suína gaúcha conforme os dados da Agrostat – plataforma de consulta disponibilizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, são Hong Kong (10,5%), Vietnã (7,2%), Cingapura (4,1%), Angola (2,3%), Costa Rica (1,2%) e outros países (6,4%).