Uma solenidade do Banco do Brasil marcou o início da execução do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2018/2019. A cerimônia contou com as presenças do presidente, Michel Temer, e do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi. O Banco do Brasil terá R$ 103 bilhões para a safra 2018/2019, dos R$ 194 bilhões disponibilizados no mês passado pelo governo federal para financiar a produção agropecuária
Em seu discurso, Blairo Maggi destacou o consenso que marcou a negociação entre setores do governo e demandas dos representantes do setor privado para elaborar o plano neste ano. “Sabíamos onde poderíamos chegar, em função do limite do teto de gastos e, com amplo diálogo, chegamos a bom termo, aumentando o volume de recursos, reduzindo juros e ainda criando novos programas”, disse Blairo Maggi sobre o PAP anunciado no último mês.
Sobre a importância do Banco do Brasil para o Plano safra, o ministro destacou que “além de importante colaborador na construção das diretrizes do plano, que é um processo de intensa negociação, a instituição faz o crédito chegar aos mais distantes rincões do Brasil, apoiandoo pequeno produtor e fomentando o desenvolvimento dos médios e grandes”.
O presidente Michel Temer enfatizou a importância do agronegócio brasileiro e o reconhecimento que esse setor tem no exterior, especialmente em função dos avanços tecnológicos propiciados por pesquisas da Embrapa.
O presidente do BB, Paulo Caffarelli, lembrou o papel que o agro tem para a instituição, respondendo por mais de 30% da carteira de crédito do banco e a tradição que o Banco do Brasil tem nesse setor. Nei Marques Moreira foi primeiro cliente a assinar o contrato do plano safra com o BB, durante o evento.
Banco do Brasil responde por 60% do Plano Safra
O Banco do Brasil terá R$ 103 bilhões para a safra 2018/2019, dos R$ 194 bilhões disponibilizados no mês passado pelo governo federal para financiar a produção agropecuária. Deste volume, R$ 91,5 bilhões serão destinados aos produtores e cooperativas, dos quais R$ 72,8 bilhões para custeio e comercialização e R$ 18,7 bilhões para investimentos. Os R$ 11,5 bilhões restantes serão para empresas da cadeia do agronegócio. O BB também reduziu as taxas de juros dos programas em 1,5 ponto percentual em média.
O Programa de Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) terá juros de 6%. Para os armazéns com capacidade de até seis mil toneladas, a taxa será de 5,25%. O Programa de Agricultura de Baixa Emissão e Carbono (ABC) também terá juros de 6% ao ano, assim como o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e o Programa de Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro).
Presente à solenidade de início de operação do plano, o vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Muni Lourenço, considerou positivo o Plano Safra do Banco do Brasil e destacou o aumento do volume de recursos e a redução dos juros de programas como ABC, Pronamp e Inovagro.
“O setor recebe positivamente o anúncio. A expectativa é de que o Banco do Brasil, como o maior agente financeiro de fomento e financiamento da atividade rural, possa dar agilidade no acesso dos produtores a esses financiamentos”.
Para o superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi, a redução da burocracia na tomada dos financiamentos deve acontecer na prática. “Esperamos que isso tenha realmente efetividade para que o produtor consiga ter acesso rápido aos recursos quando ele precisar”.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 29/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.943,33Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 71,25Preço base - Integração
Atualizado em: 29/11/2024 10:30