Com o reconhecimento internacional como zona livre de febre aftosa sem vacinação, concedido pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) nesta quinta-feira (27), em Paris, o Rio Grande do Sul consagra ainda mais sua dedicação para a manutenção da sanidade animal do seu rebanho.
O presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS), Valdecir Luis Folador, que acompanhou ato de forma virtual junto com outros órgãos da cadeia produtiva no auditório da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural – SEAPDR, comemora a certificação do Estado, mas diz que os cuidados com a sanidade devem continuar rígidos.
“A retirada nos faz ainda mais responsáveis pela nossa produção. Além disso, demanda ainda mais da nossa atenção para tudo aquilo que envolve a sanidade do nosso rebanho”, frisa Folador.
Apesar da vacinação ser realizada em bovinos, a retirada da vacina contra a febre aftosa contribui de forma positiva para o mercado da carne suína gaúcha. “Nós já estávamos na “prateleira de cima” por conta do nosso excelente status sanitário, agora recebemos o selo premium”, evidencia o dirigente da entidade.
Além disso, a certificação coloca o Estado gaúcho em igualdade com Santa Catarina, que foi classificado zona livre de febre aftosa em 2007, assim como, outros países produtores e exportadores da proteína animal.
A expectativa é que, com a retirada da vacina, o Rio Grande do Sul, que já possui uma cartela vasta de países importadores da carne suína, amplie os seus contatos internacionais. Além de conquistar ainda mais a confiança do mercado interno, que é responsável pelo consumo de 70% da carne suína produzida no Brasil.
Fato que irá trazer mais segurança para os suinocultores gaúchos, já que, atualmente, a China é o principal importador da carne suína produzida no Estado. “Isso vai fazer com que países que hoje não são importadores passem a olhar o nosso produto de uma forma diferente. Além disso, a médio e longo prazo, através dessas novas oportunidades que devem surgir, esperamos melhores remunerações à toda cadeia produtiva da suinocultura”, complementa Folador.
O dirigente da entidade ainda evidencia a importância de conquistar novos destinos para a carne suína gaúcha. “Quanto mais gente comprando a nossa carne suína, maior é a nossa segurança em relação a questão econômica. Assim não ficamos com poucos clientes na carteira comercial e não sentimos tanto o reflexo econômico caso algum venha deixar de importar a proteína animal”, finaliza.
A sanidade também é responsabilidade do produtor
Para manter o atual status sanitário do Rio Grande do Sul, Folador alerta que é necessária a contribuição e a dedicação dos suinocultores e de todos os produtores rurais.
“O produtor também precisa assumir a posição de cuidar. Fiquem muito atentos e vamos ajudar a cuidar aquilo que é de todos, a sanidade dos nossos rebanhos. Ela influencia diretamente na condição da nossa produção. É o nosso passaporte para o mercado internacional”, conclui.
Confira o recado dado pelo presidente, a todos os produtores rurais:
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 07/11/2024 17:50