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TRIGO: Aiba defende implantação de indústria de moagem no Oeste da Bahia

12 de agosto de 2016
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Porto Alegre, 12 de agosto de 2016 – Um dos maiores produtores de soja,
milho e algodão do Brasil, o oeste da Bahia vem se destacando também na
produção de trigo, atraindo os olhares de empresários interessados a
instalar, na região, uma indústria de moagem do cereal. O assunto pautou a
reunião, realizada nesta quarta-feira (10), em Salvador, entre o presidente da
Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Júlio Cézar Busato;
o presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Antônio
Ricardo Alvarez Alban; e o diretor de uma das principais indústrias e
comércios de alimentos, a Limiar, João Ramos.

Dados da Fieb apontam o elevado consumo de farelo e farinha de trigo na
região Nordeste do Brasil, sobretudo na Bahia. Os produtos comercializados e
consumidos aqui provêm de outros estados brasileiros, a exemplo do Rio Grande
do Sul, e até de outros países. A instalação de uma indústria de moagem de
trigo iria suprir a demanda de abastecimento da região.

De acordo com o presidente da Aiba, as experiências com plantio do trigo,
embora recentes, são muito satisfatórias, principalmente nas áreas irrigadas.
“Já possuímos tecnologia para a produção de mais de 6 toneladas de trigo
por hectares, com grãos de excelente qualidade para a indústria. Vamos
avançar ainda mais a nossa tecnologia, que estamos desenvolvendo em parceria
com a iniciativa pública e privada, com o apoio da Fundação Bahia, Embrapa e
de universidades, para viabilizar a instalação de uma unidade industrial com
capacidade de 500 toneladas/dia.

Para tanto, seria necessário o cultivo de 30 mil hectares, ou seja, 28% da
área irrigada do cerrado, o que é perfeitamente possível num futuro
próximo, mesmo se utilizarmos só uma pequena parcela da área total de soja,
que este ano deverá ser de 1,6 milhão de hectares”, explicou Busto,
defendendo que a industrialização vai gerar ainda mais emprego e renda para o
Oeste baiano.

O presidente da Aiba ressaltou, ainda, que, além da área irrigada, os
agricultores da região têm buscado viabilizar uma safrinha na área de
sequeiro, com o plantio de variedades de soja mais precoces, permitindo, assim,
uma segunda safra com o trigo, fato que aumentaria, e muito, a oferta do cereal.

O encontro resultou na celebração de uma parceria entre a Aiba e a Fieb,
para que os produtores rurais do Oeste comecem a industrializar seus produtos. O
convênio, que prevê o desenvolvimento regional, deve ser estendido, em uma
segunda fase, às secretarias da Agricultura e do Desenvolvimento Econômico do
Estado da Bahia, além de empresários do setor.

Para avançar nesta questão, já ficou agendada uma reunião, no próximo
dia 19 de setembro, às 17h30, na sede da Aiba, em Barreiras, com a presença do
presidente da Fieb, Antônio Ricardo Alban, e de empresários do segmento. Na
ocasião, serão apresentados aos agricultores interessados em plantar trigo ou
adquirir cotas da indústria a ser instalada (caso seja viabilizada a cultura),
os investimentos necessários para a construção da unidade, os preços pagos
pelo trigo e o resultado da indústria para avaliar sua viabilidade. Com
informações da assessoria de imprensa da Aiba.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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