Porto Alegre, 22 de setembro de 2017 – A falta de chuvas começa a
preocupar os produtores catarinenses de trigo. A estiagem já prejudica as
lavouras, que estão em fase de florescimento, e as projeções são de uma
safra 2017/18 até 30% menor do que a safra passada. As informações estão no
Boletim Agropecuário publicado pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento
Agrícola (Epagri/Cepa).
A produção catarinense de trigo deve ser de 163,4 mil toneladas na
próxima safra, contra 229 mil toneladas colhidas na safra 2016/17. A queda na
produção de trigo pode ser explicada também pela redução na área plantada,
que passou de 69 mil hectares para 50,9 mil hectares este ano, uma queda de
26%. Esse cenário é observado em todas as importantes microrregiões
produtoras de trigo no estado, com destaque para Canoinhas (-38%), Chapecó
(-17%), Joaçaba (-28%), Curitibanos (-29%) e Xanxerê (-25%).
O engenheiro agrônomo e analista do Cepa/Epagri, João Rogério Alves,
explica que a estiagem alcançou as lavouras de trigo em plena fase de
floração e o período seco compromete a produção futura. “Sem chuvas
consistentes desde o dia 23 de agosto, as lavouras em sua maioria se
desenvolveram em condições de falta de chuvas, resultando em plantas com porte
baixo e com poucos perfilhos. Com plantas em fase de floração e enchimento de
grão, a umidade no solo é considerada essencial. Se as chuvas previstas para
ocorrem entre os dias 25 ou 30 deste mês não ocorrer, a situação das
lavouras tende a piorar”, ressalta. Com informações da assessoria de
Imprensa da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 07/11/2024 17:50