Porto Alegre, 21 de dezembro de 2021 – O Zoneamento Agrícola de Risco
Climático (Zarc) para a cultura do trigo foi atualizado para a próxima safra.
As portarias com as novas indicações foram publicadas no Diário Oficial da
União.
Entre as mudanças estão o melhor detalhamento no cultivo de trigo na
região tropical, a avaliação de risco de frustrações pelo excesso de chuva
no final de ciclo, além da inserção de atualização de ciclos de cultivares
na base de dados.
O Zarc é um instrumento de política agrícola do governo federal que
garante suporte às políticas de garantia da atividade agropecuária (Proagro)
e seguro rural no Brasil. O estudo, conduzido sob a responsabilidade da
Secretaria de Politica Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa), é executado pela Embrapa com apoio de diversas
instituições públicas e privadas. O trabalho é baseado em séries
históricas de clima, modelagem de cultivos e simulação de riscos.
O Zarc conta com dados coletados em cerca de quatro mil estações
meteorológicas espalhadas pelo País. Por meio de quatro variáveis –
município, tipo de solo, cultura e ciclo da planta – o sistema apresenta a
época do ano mais indicada para a semeadura e as taxas associadas de risco de
perdas – até 20%, 30% e 40%.
Para a cultura do trigo, o Zarc vem sendo atualizado todos os anos para
acompanhar as melhorias do sistema de simulação de riscos, a ampliação da
base de dados, o surgimento de novas áreas e tecnologias de produção, além
da necessidade de adesão com as políticas públicas para o setor que são
anuais. Neste momento, está sendo realizada a atualização para a safra de
trigo 2021/2022.
No Sul do Brasil, além da geada no espigamento, o excesso hídrico na fase
final do ciclo do trigo é causa frequente apontada como sinistro nos pedidos
de cobertura do Proagro e do seguro agrícola privado. “Usamos um indicador de
risco de excesso de umidade baseado na quantidade de chuva no final do ciclo
para demarcar os períodos de semeadura e os locais onde a ocorrência desse
sinistro tem maiores chances de causar problemas no trigo”, explica o
agrometeorologista da Embrapa Trigo, Gilberto Cunha.
Para o cultivo de trigo na região tropical, estão sendo atualizadas
informações no Zarc para minimizar problemas com deficiência hídrica e
temperaturas elevadas. “A indicação de áreas aptas ao cultivo de trigo em
sistema de sequeiro nos estados de Mato Grosso e Bahia integra a atualização
do Zarc, com o refinamento das regiões para posicionar diferentes ciclos das
cultivares que chegaram ao mercado, bem como ampliar os períodos de semeadura
na região tropical”, explica Gilberto Cunha.
Ele destaca que doenças de difícil controle, como giberela no Sul, e
brusone no Centro-Sul do País, merecem atenção especial da assistência
técnica e dos produtores rurais para a adoção do manejo preconizado pela
Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale que dá sustentação
técnica às indicações Zarc. “Precisamos reforçar a importância do Zarc
como uma ferramenta de gestão de riscos na agricultura. Um trabalho robusto com
base num complexo processo de modelagem e simulação que atende todos os
municípios com indicação de cultivo de trigo. Estamos sempre em busca de
melhorias, mas o Zarc é indispensável em qualquer sistema de cultivo. O seguro
rural, seja público ou privado, não pode mais ser ignorado como um insumo na
produção agrícola”, conclui Cunha.
Aplicativo Zarc Plantio Certo
Produtores rurais e outros agentes do agronegócio podem acessar as
informações oficiais do Zarc por meio de tablets e smartphones, facilitando a
orientação quanto aos programas de política agrícola do governo federal. O
aplicativo móvel Zarc Plantio Certo, desenvolvido pela Embrapa Agricultura
Digital, está disponível nas lojas de aplicativos.
Os resultados do Zarc também podem ser consultados e baixados por meio da
plataforma “Painel de Indicação de Riscos”.
As informações partem da assessoria de imprensa do Mapa.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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