Porto Alegre, 27 de julho de 2021 – Na abertura da 14a Reunião da
Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale, nesta terça-feira, será
apresentada a proposta para a atualização do Zoneamento Agrícola de Risco
Climático (ZARC). Entre as mudanças, estão o maior detalhamento no cultivo de
trigo tropical, avaliação de risco de frustrações pelo excesso de chuva no
final de ciclo, além da inserção de diferentes tipos de solo e ciclo de
cultivares na base de dados.
O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) é um instrumento de
política agrícola do Governo Federal que garante suporte às políticas de
crédito e seguro rural no Brasil. O estudo, coordenado pela Embrapa com apoio
de diversas instituições públicas e privadas, é baseado em séries
históricas de clima, modelagem de cultivos e simulação de riscos. O ZARC
conta com dados coletados em cerca de quatro mil estações meteorológicas
espalhadas pelo País. Por meio de quatro variáveis – município, tipo de solo,
cultura e ciclo da planta – o sistema apresenta a época do ano mais indicada
para a semeadura e as taxas associadas de risco de perdas – até 20%, 30% e 40%.
O ZARC é atualizado todos os anos para acompanhar as melhorias do sistema
de simulação de riscos, a ampliação da base de dados, o surgimento de novas
áreas e tecnologias de produção, além da necessidade de adesão com as
políticas públicas para o setor que são anuais. Neste momento, está sendo
realizada a atualização para a safra de trigo 2021/2022, com o refinamento da
parametrização do ciclo das cultivares e da inclusão de diferentes tipos de
solos.
Também deverão serão avaliados no ZARC as possibilidades da extensão de
cultivo do trigo em áreas tropicais e o uso de novos indicadores para excesso
de umidade no final do ciclo da cultura.
“No Sul do Brasil, o excesso hídrico na fase final do ciclo do trigo é
causa frequente apontada como sinistro nos pedidos de cobertura do seguro rural.
Estamos trabalhando num indicador para riscos de excesso de umidade, seja por
quantidade ou número de dias de chuva, ou pelo balanço hídrico da cultura”,
explica o agrometeorologista da Embrapa Trigo, Gilberto Cunha.
Para o cultivo tropical estão sendo atualizadas informações no ZARC para
minimizar problemas com deficiência hídrica e temperaturas elevadas. Doenças
de difícil controle, como giberela e brusone, também estão sendo
consideradas pelos pesquisadores para indicar uma semeadura de menor risco.
“Precisamos reforçar a importância do ZARC como uma ferramenta de gestão de
riscos na agricultura. Um trabalho robusto com base num complexo processo de
modelagem e simulação que atende todos os municípios com indicação de
cultivo de trigo. Estamos sempre em busca de melhorias, mas o ZARC é
indispensável em qualquer sistema de cultivo, O seguro rural, seja público ou
privado, não pode mais ser ignorado como um insumo na produção agrícola”,
conclui Cunha.
A palestra “O novo zoneamento agrícola para o trigo no Brasil” será
apresentada no dia 27/07, na programação da 14 Reunião da Comissão
Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale. O evento tem programação fechada
para os inscritos, de 27 a 29/07.
A realização é Fundação ABC e Biotrigo Genética, com o apoio da
Embrapa Trigo e com o patrocínio das empresas Adama, Agrária, Apasem, Apassul,
Bayer, Basf, Coamo, Cocamar, FMC, Helm, Ihara, Integrada Cooperativa, Syngenta,
Unium e UPL.
As informações partem da assessoria de imprensa da Embrapa Trigo.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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