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UCRÂNIA: PaIs adverte contra ameaça russa de colocar armas nucleares em Belarus

27 de março de 2023
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Porto Alegre, 27 de março de 2023 – Um alto funcionário da defesa ucraniana acusou o Kremlin
de tentar fazer da Bielorrússia um “refém nuclear” depois que o presidente russo, Vladimir Putin,
anunciou planos para colocar armas nucleares táticas no país. As informações são da agência de
notícias Dow Jones.

Oleksiy Danilov, secretário do conselho de segurança da Ucrânia, escreveu no Twitter no
domingo que colocar armas nucleares em Belarus, um importante aliado da Rússia, seria “um passo em
direção à desestabilização interna do país”.

Putin disse em comentários publicados no sábado que a Rússia terminaria de construir uma
instalação de armazenamento para suas armas nucleares táticas – que são projetadas para uso no
campo de batalha e não são grandes o suficiente para destruir cidades inteiras – em Belarus até
julho.

O presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, não comentou publicamente sobre o anúncio, mas
Putin disse a um programa de televisão estatal no domingo que o líder bielorrusso “há muito
levanta a questão de implantar armas nucleares táticas russas no território da Bielorrússia”.

“Também não há nada incomum aqui: em primeiro lugar, os Estados Unidos vêm fazendo isso há
décadas”, acrescentou Putin. “Há muito tempo eles implantam suas armas nucleares táticas no
território de seus países aliados, países da OTAN, na Europa.”

No verão passado, Lukashenko disse que os aviões de guerra Su-24 de seu exército foram
modificados para transportar armas nucleares, uma medida que havia sido acordada com Putin, informou
a agência de notícias estatal bielorrussa Belta na época.

Funcionários e analistas ocidentais minimizaram amplamente o significado do anúncio. Moscou
tem usado a Bielorrússia como plataforma de lançamento para ataques à Ucrânia desde o início da
invasão e já enviou mísseis Iskander-M, com capacidade nuclear e capacidade de carga de mais de
500 quilos para a maior parte do território ucraniano.

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos disse que viu o anúncio e monitoraria a situação,
acrescentando: “Não vimos nenhuma razão para ajustar nossa própria postura nuclear estratégica
nem quaisquer indicações de que a Rússia esteja se preparando para usar uma arma nuclear”.

O Ministério das Relações Exteriores da Alemanha, por sua vez, acusou Putin de “outra
tentativa de intimidação nuclear”, segundo a mídia alemã.

O Instituto para o Estudo da Guerra, um think tank com sede em Washington, disse que o anúncio
sobre o posicionamento de armas nucleares táticas na Bielorrússia faz parte de uma campanha de
informação destinada a inflamar os temores ocidentais de uma escalada nuclear, “que permanece
extremamente baixa”.

“A Rússia há muito tempo possui armas com capacidade nuclear capazes de atingir qualquer alvo
que as armas nucleares táticas baseadas na Bielorrússia possam atingir”, escreveu o instituto.
“Putin é um ator avesso ao risco que repetidamente ameaça usar armas nucleares sem nenhuma
intenção de cumprir.”

Putin disse no domingo que a Rússia começaria em 3 de abril a treinar equipes para usar armas
nucleares táticas.

Enquanto isso, o regulador nuclear das Nações Unidas, a Agência Internacional de Energia
Atômica, disse no sábado que seu diretor viajaria novamente para inspecionar a usina nuclear de
Zaporizhzhia, ocupada pela Rússia, esta semana. A visita seria a segunda desde o início da
invasão em grande escala no ano passado.

“Apesar de nossa presença no local há sete meses, a situação na Usina Nuclear [Zaporizhzhia]
ainda é precária”, disse o chefe da agência, Rafael Grossi, em um comunicado. “A segurança
nuclear e os perigos de proteção são muito óbvios.”

Enquanto isso, a Rússia continuou os ataques com mísseis e artilharia em grande parte da
Ucrânia no fim de semana. Todas as regiões ucranianas que fazem fronteira com a Rússia foram
atingidas, assim como as regiões parcialmente ocupadas no Sul, segundo o Ministério da Defesa
ucraniano. Cinco civis foram mortos e outros 25 ficaram feridos.

O Ministério da Defesa da Rússia disse no domingo que suas tropas estavam realizando
operações ativas nas áreas de Kupyansk, no nordeste da Ucrânia, Donetsk no Leste e Zaporizhzhia
e Kherson no sul.

Além disso, o Ministério da Defesa do Reino Unido disse que a Rússia estava sendo
reabastecida com drones Shahed de fabricação iraniana. Após uma pausa de duas semanas nos ataques
de drones em fevereiro, Moscou lançou 71 na Ucrânia desde o início de março. Os ataques com
drones, lançados do território russo, “provavelmente serão mais uma tentativa de ampliar as
defesas aéreas ucranianas”, escreveu o ministério no Twitter.

Embora os combates dentro e ao redor da cidade de Bakhmut, no Leste, tenham diminuído nos
últimos dias, as forças armadas da Ucrânia disseram que as forças russas “continuam a invadir a
cidade”, enquanto também alvejam assentamentos próximos, como Chasiv Yar, com fogo de artilharia.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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